Mãe e filha mataram o resto da família com anticongelante

As duas mulheres, de 54 e 25 anos, envenenaram uma vítima de cada vez e foram presas antes de matarem a criança mais nova, de 11 anos
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Mãe e filha foram condenadas a prisão perpétua por terem assassinado vários membros da família, no estado do Missouri, Estados Unidos. Diane Staudte, de 54 anos, confessou ter envenenado o marido e os dois filhos, com a ajuda da filha de 25 anos, Rachel. O marido e o filho morreram e a filha mais velha ficou com danos cerebrais - a mais nova seria a seguinte.

Quem conhecia a família não acredita no que se passava dentro de casa, porque pareciam normais e felizes, segundo a revista People. Muitos lamentaram a sequência de azares que a família Staudtes enfrentou em poucos meses, sem saberem que cada desastre estava a ser planeado ao pormenor.

O primeiro crime aconteceu em abril de 2012, quando Mark, marido de Diane e pai de Rachel, morreu com sintomas semelhantes aos da gripe. Mark tinha 61 anos e o médico legista concluiu que tinha morrido por causas naturais.

Cinco meses mais tarde, foi a vez de Shaun, o filho de 26 anos. A morte do jovem, também com sintomas de gripe, deixou amigos e vizinhos preocupados com a família, que sofria duas perdas em pouco tempo.

[destaque:Polícia começou a investigar incidentes por insistência do pastor da igreja de Diane]

A preocupação passou a desconfiança quando em junho do ano seguinte a filha mais velha, Sarah, então com 24 anos, foi internada no hospital com sintomas de gripe. Acabou por sofrer uma falência múltipla de órgãos e danos cerebrais graves.

Apesar das improváveis coincidências, a polícia apenas começou a investigar estes incidentes porque o pastor da igreja de Diane chamou a atenção para o comportamento da mulher. O pastor contou às autoridades que a reação de Diane quando o marido morreu tinha sido "estranha" e completamente desprovida de emoção.

Quando Shaun morreu, o pastor voltou a sentir que Diane não estava verdadeiramente triste e falou com a polícia, mas esta apenas prendeu a mulher após a filha Sarah ser hospitalizada, em 2013.

Durante o interrogatório a mulher negou todas as acusações e a polícia percebeu que Diane tinha uma clara preferência pela filha Rachel em relação aos outros três filhos, que dizia serem um fardo.

A polícia descobriu mais tardo o diário de Rachel, em que que a jovem contava que ela e a mãe estavam a matar os familiares um por um, pondo anticongelante nas suas bebidas. "É triste perceber que o meu pai vai morrer nos próximos dois meses. Shaun, o meu irmão, vai logo a seguir. Vai ser duro habituar-me às mudanças, mas tudo vai correr bem".

[citacao:Eu não queria que mais ninguém morresse em casa porque as casas ficam sujas quando alguém morre dentro delas]

Segundo a polícia, Rachel escreveu ainda que estava feliz por ter tempo para se preparar para as mortes e por ficar com o carro do pai.

Rachel acabou por confessar o seu envolvimento nas mortes e contou que, apesar de querer matar o pai, estava hesitante em matar os irmãos. A jovem disse ainda que a irmã mais nova, que tinha na altura 11 anos, era a próxima vítima e que só levaram Sarah para o hospital para não terem de se preocupar o cheiro do cadáver.

"Eu não queria que mais ninguém morresse em casa porque as casas ficam sujas quando alguém morre dentro delas", disse Rachel à polícia, segundo a People.

Diane confessou depois às autoridades que tinha assassinado o marido porque o odiava, o filho porque era "pior que uma peste" e a filha Sarah porque "ela não arranjava um emprego e tinha empréstimos de estudante para pagar", segundo o Daily Mail.

Rachel foi condenada a duas penas de prisão perpétua, mas poderá pedir liberdade condicional após cumprir 42 anos. Diane cumpre uma pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional e a sua filha mais nova foi entregue ao estado para adoção.

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