Madonna dedica 'Like A Virgin' ao Papa em Roma

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Música. Cantora volta a afrontar a Igreja Católica

Digressão que passa por Lisboa no próximo dia 14 já é motivo de polémica

Madonna continua a alimentar polémicas com a Igreja Católica. Na passagem da sua presente digressão por Roma, a 'rainha da música pop' decidiu homenagear o Papa Bento XVI, dedicando-lhe a interpretação do single de sucesso de 1984, Like A Virgin.

Perante 60 mil fãs, a cantora de 50 anos dirigiu-se ao público antes de começar a cantar Like A Virgin nas seguintes palavras: "Dedico esta canção ao Papa, porque eu sou uma filha de Deus. Todos vocês são filhos de Deus." Até ao momento, o Vaticano ainda não comentou esta provocação.

A relação de Madonna com a Igreja Católica há muito tem já uma longa história e a dedicatória não é inocente. Na digressão Confessions Tour, em 2006, a cantora apresentava-se a certa altura do espectáculo numa cruz, em posição semelhante à crucificação de Jesus Cristo. A digressão passou por Roma e a polémica foi inevitável. Na altura, o Vaticano referiu-se ao espectáculo de Madonna como "um dos mais satânicos da história da Humanidade".

Mas nem essa foi a primeira vez que a cantora entrou em choque com a Igreja Católica. Já em 1989, graças ao teledisco do tema Like A Prayer, Madonna não agradou ao Vaticano, quando decidiu que no teledisco iria seduzir um jesus cristo negro, além de queimar cruzes e mostrar imagens católicas a carpirem sangue.

Um ano depois, Madonna embarcou na digressão Blonde Ambition Tour, que foi boicotada por uma associação italiana privada de católicos, chamada Famiglia Domani.

Todavia, apesar das constantes polémicas com a Igreja de Roma desde que começou a carreira, Madonna cresceu numa família profundamente católica, algo que se tem reflectido no seu trabalho ao longo dos anos.

O facto de ter sido criada numa família católica tradicional suscitou polémica quando a cantora tornou pública a sua devoção à cabala, uma vertente do judaísmo. Madonna teve um primeiro contacto com esta fé em 1997 e desde então que se tem empenhado na ajuda a centros escolares da cabala, além de ter criado polémica em torno de judeus e palestinianos quando visitou o túmulo da matriarca bíblica Raquel, em Belém.

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