Lula considera referências ao Brasil "insignificantes"

O presidente brasileiro, Lula da Silva, considerou "insignificantes" os dados relativos ao Brasil nos documentos diplomáticos norte-americanos divulgados pelo site Wikileaks.
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"De vez em quando aparecem estas coisas. Creio que as coisas que vi sobre o Brasil são tão insignificantes que não merecem ser levadas a sério", afirmou o presidente aos jornalistas depois de visitar as obras de uma hidroeléctrica no Maranhão.

Entre os documentos divulgados figura uma conversa do actual ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, com um diplomata dos Estados Unidos, na qual o responsável brasileiro critica o alegado anti-americanismo de Samuel Pinheiro Guimarães, atualmente ministro dos Assuntos Estratégicos. "Não sou obrigado a acreditar no telegrama de um embaixador norte-americano e a duvidar do meu ministro", disse Lula.

A maioria dos telegramas sobre o Brasil relata conversas de Clifford Sobel, que foi embaixador dos Estados Unidos em Brasília entre 2006 e 2009, com funcionários brasileiros. Um dos documentos refere que a polícia brasileira deteve "alegados terroristas" e acusou-os de outros crimes, como narcotráfico e contrabando, para não chamar a atenção dos meios de comunicação e evitar danos na imagem do país. Num outro telegrama, Sobel assegura que apesar da grande popularidade de Lula da Silva, o governo acabará salpicado por vários escândalos de corrupção.

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