Luís Miguel Cintra volta a encenar no Teatro São Carlos
"A Cornucópia fechou, mas ele continua a trabalhar e o São Carlos é uma casa para ele trabalhar", afirma Patrick Dickie sobre o convite endereçado ao encenador Luís Miguel Cintra para voltar à casa da ópera em Portugal. "Ele teria espaço no teatro ou no salão, mas a conversa andou depressa", diz, sobre o espetáculo que estão a trabalhar, e que também chegará ao Porto.
Acontece nos dias 2, 3 e 5 de dezembro no Teatro de São Carlos, em Lisboa, e nos dias 5 e 7 de janeiro do próximo ano no São João.
Patrick Dickie, diretor artístico há um ano, diz ao DN que se trata de um projeto de estúdio. Não tem coro ou orquestra de grandes dimensões, mas requer minúcia e três ou quatro meses de preparação. O elenco é integralmente português.
Esta é uma das novidades da nova temporada da companhia, num ano em que se prepara para mostrar fora "de casa". Para lá do Centro Cultural de Belém, a ópera vai aos Coliseus. Turandot, com Elisabete Matos, é o espetáculo escolhido. E é também o primeiro da temporada lírica do São Carlos. Está marcado para 19 e 21 de outubro.
Ao todo, serão apresentadas quatro novas produções. Além de The Rape of Lucretia, Elektra (com encenação do regressado Nicola Raab e apresentação no Centro Cultural de Belém), Idomeneo e La Traviata também fazem parte do programa. Turandot e a proposta natalícia de Les Enfants et le Sortilèges, de Maurice Ravel, também foram, de alguma forma, tocados pela criativdade nacional.
A temporada, desenhada para convocar audiências variadas, não pretende ser lida como um todo, mas "encontrar o sabor e ponto de vista de cada projeto", defende Patrick Dickie.
No que diz respeito aos concertos de música sinfónica, este será o regresso de Joana Carneiro à titularidade da orquestra. O programa viaja por compositores como Beethoven e Debussy, Ravel, Dvorák Rossini e Strauss entre outros.