Luís Castro: "O Benfica não perde competência porque perdeu os últimos jogos"

O treinador do Shakhtar elogiou o "trabalho fantástico" do amigo Bruno Lage no Benfica e garantiu que a eliminatória será composta por "duas grandes batalhas" em Kharkiv e Lisboa.
Publicado a
Atualizado a

Luís Castro, treinador do Shakhtar Donetsk, considerou esta quarta-feira que o Benfica não perdeu competência, apesar de não vencer há três jogos, nos quais somou duas derrotas na I Liga e um empate na Taça de Portugal.

"O Benfica não ter ganhado, não me diz absolutamente nada. Uma equipa não perde competência porque perdeu os dois últimos ou três jogos", começou por dizer o treinador português, que esta época assumiu o comando da equipa ucraniana.

"Jamais os últimos resultados podem determinar maior ou menor favoritismo para o nosso lado", adiantou, lembrando que o Benfica ainda lidera o campeonato e que Bruno Lage fez uma grande recuperação na última época: "Sou amigo do Bruno, gosto dele como pessoa e como treinador, acho que está a fazer um trabalho fantástico no Benfica e fico muito feliz por ter sido escolhido para o Benfica estar a conseguir ter êxito."

Nesse contexto, considera que será "uma eliminatória muito apertada, com duas grandes batalhas, a de Kharkiv e a de Lisboa", nas quais estarão "equipas que gostam de futebol de ataque e de espaço para contra-atacar".

O treinador, que revelou não ter Solomon, disse ter dúvidas em relação à equipa do Benfica mas apenas no que diz respeito aos jogadores da frente. "Acho que o Bruno Lage vai jogar com o Vlachodimos, Tomás Tavares, Ferro, Rúben Dias e Grimaldo. Depois será o Florentino com o Taarabt, que tem estado muito bem. Depois há ali uma dúvida em relação ao número 10, se vai colocar um homem de mais ligação ou mais junto ao 9. Um Chiquinho ou um Rafa. Essa é a dúvida. Depois o Pizzi e o Cervi nas alas ou o Pizzi e o Rafa nas alas. Na frente pode poupar o Vinícius e meter o Seferovic", adiantou o técnico do Shakhtar.

Luís Castro admite que Carlos Vinícius e Rafa Silva possam ser poupados para o jogo com o Gil Vicente, na segunda-feira em Barcelos. "Vai depender da forma como o Bruno Lage encara esta primeira mão, se quer arriscar já tudo ou se quer guardar algumas balas para a segunda mão. Acho que ele vai querer tudo já amanhã, nós treinadores gostamos de ganhar o que vem a seguir. No outro jogo já podemos não estar, portanto a nossa vida é o imediato", frisou.

O responsável disse que a prioridade é o campeonato, que o Shakhtar lidera destacadamente, e que a Liga Europa, após a saída da fase de grupos da Liga dos Campeões, é para ir jogo após jogo: "O objetivo é chegar o mais longe possível, não olhar ao adversário, mas às nossas ambições."

Para a partida desta quinta-feira, Luís Castro admitiu que "o Shakhtar tem uma coisa que o Benfica não tem". "Estamos frescos fisicamente e mentalmente, só que não estamos tão adaptados à competição como deveríamos estar. Em alguns momentos do jogo o nosso cérebro pode não estar tão adaptado, mas quando queremos muito, quando temos ambição e determinação, as coisas ficam mais acessíveis", frisou.

O Shakhtar recebe esta quinta-feira o Benfica, na primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, naquele que será o primeiro jogo da equipa ucraniana após a paragem de inverno, mais de dois meses após o último jogo, a 14 de dezembro.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt