Lucro do banco britânico Lloyds mais do que duplica

Banco liderado por António Horta Osório reportou ter obtido até 31 de dezembro passado um lucro bruto de 4.238 milhões de libras
Publicado a
Atualizado a

O lucro líquido do banco britânico Lloyds Banking Group mais do que duplicou em 2016 face a 2015, ao aumentar 162% para 2.514 milhões de libras (2.984 milhões de euros), anunciou hoje a instituição.

Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres, o banco liderado por António Horta Osório -- que foi parcialmente nacionalizado em 2008, na sequência da crise financeira -- reportou ter obtido até 31 de dezembro passado um lucro bruto de 4.238 milhões de libras (5.029 milhões de euros), mais 157,7% do que em 2015, ano em que os resultados antes de impostos somaram 1.644 milhões de libras (1.951 milhões de euros).

Em 2016, a faturação do Lloyds foi de 39.611 milhões de libras (47.049 milhões de euros), o que representa um acréscimo de 71,10% face a 2015.

O banco justifica em parte os resultados obtidos com os "menores custos" associados às compensações ligadas ao escândalo em que se viu envolvido com os denominados 'Seguros de Proteção de Pagamento' (PPI, na sigla inglesa), um produto bancário que continha cláusulas camufladas que podiam levar a que o titular ficasse impedido de beneficiar do seguro quando dele necessitava.

No comunicado, o Lloyds -- que chegou a ter o Tesouro britânico como dono de 43% do capital, mas é atualmente detido em cerca de 5% pelo Governo inglês -- referiu ainda que os seus resultados estão "inevitavelmente ligados à saúde da economia britânica, que foi mais resistente do que esperado pelo mercado após o referendo do 'Brexit'".

"Obtivemos um rendimento financeiro sólido em 2016, ao mesmo tempo que continuamos a fazer progressos nas nossas prioridades estratégicas", afirmou o presidente do grupo, o português António Horta-Osório.

Para além de destacar o aumento do lucro anual do grupo, o Horta-Osório afirmou ainda que o banco continuou a "melhorar a experiência dos clientes e a simplificar o negócio".

Relativamente à aquisição, anunciada no passado mês de dezembro, do negócio de cartões de crédito MBNA, o responsável explicou que "a sólida geração de capital deste modelo de negócio permitiu ao banco cobrir totalmente o impacto de capital ligado à compra da MBNA, aumentar o dividendo ordinário em 13% e pagar um dividendo especial".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt