Lucro da Gazprom caiu 41% em 2022 por sanções contra o gás russo

Além das sanções, também o "aumento dos pagamentos de impostos no segundo semestre teve impacto no valor dos benefícios", diz a empresa.
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O lucro líquido da Gazprom caiu 41,4% em 2022, ano marcado por uma queda acentuada nas exportações de gás da Rússia, devido a sanções ligadas ao conflito na Ucrânia.

O lucro líquido passou de 2,09 biliões de rublos (cerca de 17 mil milhões de euros) em 2021 para 1,23 biliões (10 mil milhões de euros) no ano passado, segundo o relatório anual da gigante russa do gás, publicado esta terça-feira (23) e citado por agências de notícias russas.

O grupo, um pilar da economia russa dirigido por colaboradores próximos do presidente Vladimir Putin, foi um dos principais alvos das sanções ocidentais.

Num comunicado publicado em separado, o grupo explica que o "aumento dos pagamentos de impostos no segundo semestre teve impacto no valor dos benefícios".

Para enfrentar esta situação, a Gazprom - empresa cotada na Bolsa de Valores de Moscovo, mas com 50,2% do seu capital controlado pelo Estado - propõe não pagar dividendos aos seus acionistas pelos resultados de 2022.

A Gazprom perdeu praticamente todo o mercado europeu no ano passado, exceto o Gás Natural Liquefeito (GNL) que os países da União Europeia (UE) continuam a comprar por falta de alternativa.

As sanções visam limitar as receitas relacionadas com as exportações de gás, de forma a privar o Kremlin de recursos significativos para financiar a ofensiva militar na Ucrânia.

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