Loulé acolhe quarta edição do festival "Som Riscado"

Loulé, Faro, 09 abr 2019 (Lusa) - A cidade de Loulé, no Algarve, acolhe a quarta edição do festival "Som Riscado", de quinta-feira a domingo, evento que cruza diálogos criativos entre a música de cariz experimental e as artes visuais.
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Concertos, performances, instalações interativas e espaços de debate caraterizam o festival de música e imagem de Loulé, que pretende refletir sobre o concelho algarvio, com o envolvimento da comunidade escolar e a aposta na vertente formativa.

O evento, que teve a sua primeira edição em 2016, tem como epicentros o CineTeatro Louletano e o auditório do Solar da Música Nova, estendendo-se a vários espaços da cidade louletana.

O festival tem início na quinta-feira, às 21:00, com o "Concílio (riscado) dos Deuses", encontro que inclui uma 'performance' de violino a solo por Carlos Zíngaro, músico que participa depois na conversa informal com Vítor Rua, André Tentugal, Barros de Oliveira (Lixoluxopóetico) e David Santos (Noiserv), na Ermida da Nossa Senhora da Conceição.

Entre os artistas convidados está a Radar 360º, associação cultural do Porto que participa com "Manipula#Som", um concerto visual de caráter circense, em que a linguagem artística do projeto nasce do diálogo entre a manipulação de objetos e a música interativa.

"Manipula#Som" está agendado para sexta-feira, num registo dirigido a crianças e jovens de grupos de férias da autarquia, às 10:00, e um outro, às 21:30, para o público em geral, seguido de uma conversa com os artistas.

Destaque ainda na sexta-feira, às 14:00, para a 'performance' "Há:Dom Direta", da autoria de João Ricardo de Barros Oliveira (lixoluxopóetico): "Um alquimista que cozinha uma estranha sopa no laboratório, cujos ingredientes base são as combinações de instrumentos, esculturas sonoras MALcriadas, defeituosas e desafinadas, objetos, gentilmente condimentados para trazer ao de cima o seu rico aroma musicalÓsonor".

Na componente formativa, o músico Vítor Rua, cofundador do grupo GNR, vai falar sobre "novas abordagens ao Som e à Música", na quinta-feira, no auditório da Escola Secundária de Loulé, iniciativa dirigida a estudantes e público escolar.

Na sexta-feira, André Tentúgal abordará a "imagem para conteúdos musicais", no mesmo auditório, e no domingo, o pianista e compositor francês Chassol vai falar dos objetos audiovisuais em torno dos seus processos criativos, no CineTeatro Louletano.

Todas as formações são limitadas a 50 pessoas e requerem inscrição prévia.

As noites do festival "Som Riscado" vão ser preenchidas pelos concertos de Chassol com "Big Sun", trabalho discográfico que engloba composições que articulam vozes, música, sons e imagens em novos objetos audiovisuais e Vítor Rua & The Metaphysical Angels com "Androids Dream of Electric Guitars?".

O festival de música e imagem de Loulé encerra no domingo com um espetáculo de Noiserv, em que as sonoridades de David Santos se juntam às imagens do fotógrafo louletano Luís da Cruz, no Auditório do Solar da Música Nova, às 18:00.

O festival é promovido pela Câmara Municipal de Loulé, através do Cineteatro Louletano, com a participação, entre outros, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Centro de Investigação em Artes e Comunicação e Escola Superior de Educação e Comunicação, da Universidade do Algarve, e das escolas secundárias de Loulé, de Quarteira e EB2/3 da Bemposta (Portimão).

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