Lojistas do Picoas Plaza falam na venda do centro

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Em pleno centro de Lisboa, o Picoas Plaza parece-se cada vez menos com um centro comercial. O espaço vazio e o silêncio tornaram-se dominantes e a associação de lojistas acusa a administração de alimentar a situação como estratégia para vender o centro.

Quem entra no centro comercial directamente pelo segundo piso de lojas diria que se enganou. Os corredores escuros, as lojas vazias e fechadas e o silêncio que denuncia que as pessoas ficaram do lado de fora das portas remetem para um edifício abandonado, não para um centro comercial. "A administração quer pôr um só operador dentro das galerias. Fala-se de uma grande clínica médica ou de estética. Por isso não abrem mais lojas, querem o espaço vazio, porque quem entrar quer o espaço devoluto", acusa o presidente da Associação de Lojistas e Amigos do Picoas Plaza (ALAPP), Tiago Quelhas, que também é proprietário de uma clínica de saúde, estética e bem--estar no centro.

O encerramento de lojas tem sido progressivo ao longo dos dois últimos anos e com os lojistas têm saído também os clientes, numa relação de causa e consequência que se transformou num ciclo vicioso, diz a ALAPP. Tiago Quelhas acusa a administração, a cargo do grupo Chamartin Dolce Vita, de "gestão danosa, inércia e de ter votado o espaço ao abandono".

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