Lobato lidera a frota de veleiros em série
O navegador português Francisco Lobato navegava ontem em primeiro lugar na categoria de veleiros em série, a bordo do seu barco ROFF/TMN, na primeira etapa da Charente Maritime/Bahia Transat 6.50 , a travessia oceânica em solitário que reúne 85 velejadores e velejadoras de 13 países e cuja única escala será no Funchal (Madeira).
Lobato seguia a velocidades médias de 9,59 nós (17,26 km/h), sob ventos médios do quadrante Nordeste, a meio da baía de Biscaia, já marcando rumo para a aproximação do cabo de Finisterra, no extremo da costa espanhola.
O seu rival mais próximo era o skipper francês Xavier Macaire, a menos de duas milhas de distância. Já na classe de barcos protótipos, o líder era o francês Henri Paul Schipman que tem um avanço de menos de dez milhas em relação a Francisco Lobato, que navega a bordo de um veleiro de série, um modelo Pogo 2, o mesmo utilizado neste evento há dois anos e recentemente remodelado no estaleiro Delmar Conde, em Aveiro.
Desde a largada em La Rochelle (França), no domingo à tarde, a frota já passou por alguns revezes, a começar com o engano em massa que levou dezenas de skippers a confundirem uma bóia da área de largada com outra de sinalização próxima da costa.
Depois foram as primeiras avarias a decorrerem a bordo de alguns iates, sob os ventos fortes. A primeira baixa foi o barco do francês Sebatien Rogue, que sofreu uma colisão com o espanhol Juan Carlos Sanchez, durante uma manobra. Depois de nove horas de intenso trabalho de reparação no casco no porto de La Rochelle, Rogue voltou à competição.
De seguida, o francês Olivier Avram enfrentou a quebra do pau de spinnaker (base metálica que sustenta a vela balão), que o obrigou a retornar ao porto para reparos. e o francês Fabien Sellier também têm problemas com o leme e deve voltar a La Rochelle
Como Lobato previu antes da largada, a maior preocupação agora é a aproximação ao cabo de Finisterra, onde os ventos fortes e o mar agitado podem complicar ainda mais a vida a bordo para os velejadores e velejadoras solitários.
A frota segue agrupada num raio de 80 milhas - com os líderes numa área de cerca 20 milhas de distância - , o que não tem permitido qualquer descanso para os skippers solitários.