Livro "A Verdade da Mentira" de Gonçalo Amaral devolvido à editora

O livro "A Verdade da Mentira", de Gonçalo Amaral, foi hoje devolvido à Guerra e Paz Editores, depois ter sido retirado do mercado em setembro de 2009 por decisão judicial, em processo interposto pelos pais de Madeleine McCann.
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Em comunicado, agência de Gonçalo Amaral, anunciou hoje a devolução dos livros por parte de Isabel Duarte, advogada do casal McCann, pais da criança desaparecida em maio de 2007, num aldeamento turístico no Algarve.

"Trata-se de um importante momento da retoma do pleno direito de expressão de Gonçalo Amaral, que sofreu uma injusta restrição dos mesmos nos últimos anos", lê-se no comunicado da agência, que sublinha ter-se dado cumprimento à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.

A 19 de outubro de 2011, os juízes desembargadores anularam a decisão do tribunal de primeira instância em proibir a venda do livro de Gonçalo Amaral, em que o ex-inspetor da Polícia Judiciária defende a tese de envolvimento de Kate e Gerry McCann no desaparecimento da filha.

O julgamento da providência cautelar interposta pelo casal britânico, decretada provisoriamente a 09 de setembro de 2009, realizou-se em quatro sessões no Tribunal Cível de Lisboa, em janeiro de 2010.

Na ação em que também Gonçalo Amaral é visado pelo casal McCann, que reclama 1,2 milhões de euros por alegadas declarações consideradas difamatórias, a primeira sessão está programada para 13 de setembro.

Fonte judicial disse hoje à agência Lusa que o julgamento, que esteve previsto para se iniciar a 9 de fevereiro deste ano, prossegue a 14, 20 e 21 de setembro, na 1.ª Vara do Tribunal Cível de Lisboa, no Palácio da Justiça.

Na qualidade de coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Portimão, Gonçalo Amaral integrou a equipa de investigadores que tentou apurar o que aconteceu a Madeleine McCann.

Kate e Gerry McCann, que sempre reivindicaram que Madeleine foi raptada, foram constituídos arguidos em setembro de 2007, mas foram ilibados em julho de 2008 por falta de provas para sustentar a hipótese avançada pelo inquérito de alegada morte acidental da menina.

O Ministério Público acabou por arquivar o processo, que poderá ser reaberto se surgirem novos dados sobre o desaparecimento da criança.

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