Lisboa e Tejo já são sinónimos de vinho
Se alguém lhe oferecer vinho de Lisboa ou vinho do Tejo, saiba que não se trata de ignorância, mas apenas de um sinal dos tempos. Isto porque as regiões vitivinícolas da Estremadura e do Ribatejo deixaram cair as velhas identidades e abriram os braços às novas denominações.
Assim, os vinhos da Estremadura deixam de se confundir com os da Extremadura espanhola e adoptaram a designação Lisboa. A nova Região de Vinhos de Lisboa ocupa uma área de vinha de 30 mil hectares que inclui Denominações de Origem Controlada (DOC) como Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bucelas, Carcavelos, Colares, Encostas d'Aire, Óbidos e Torres Vedras. Em 2008, e ainda como Estremadura, a região de Lisboa produziu 930 973 hectolitros de vinho, o que representou uma quebra de quase 12% face ao ano anterior.
Nesta reorganização institucional do sector, o Ribatejo também mudou de denominação, favorável em termos de marketing. Com efeito, a designação Tejo assentou num estudo de notoriedade que ressaltava ser "positiva a ligação das regiões produtoras aos nomes dos rios que as atravessam".
Produzidos numa áres de 20 mil hectares, os vinhos do Tejo, ex-Ribatejo, totalizaram 514 352 hectolitros em 2008, uma quebra de 23,3% face a 2007.