Lisboa Câmara quer saber quantos cães perigosos há nos bairros sociais
O número de chamadas para a Câmara de Lisboa para recolha de animais perigosos da via pública tem vindo a aumentat nos últimos anos, segundo garantiram ao DN os serviços de Divisão de Higiene e Controlo Sanitário.
Até agora, as zonas com maior número de queixas e mais problemáticas são precisamente aquelas onde estão situados bairros municipais como o Padre Cruz, em Carnide, Condado, em Marvila, Portugal Novo, Picheleira, e ainda Ameixoeira.
A situação está a preocupar de tal forma a autarquia que os serviços já solicitaram à Gebalis, empresa gestora dos bairros municipais, que faça um rastreio dos animais de raças perigosas ou potencialmente perigosas ali existentes. De acordo com a Divisão de Higiene, foram instaurados 43 processos de contra-ordenação motivados pela ausência de licenciamento e de segurança de cães perigosos na via pública, em 2006.
Este ano, já foram abertos nove processos. Em 2006, foram feitas 48 denúncias para recolha deste tipo de animais da via pública e, em 2007, já houve seis. A Direcção-Geral de Veterinária revela que Lisboa é a zona do País com maior número de animais registados pertencentes às sete raças consideradas perigosas na lei (cão de fila brasileiro, duque argentino, pit bull terrier, rottweiller, staffordshire bull terrier, tosa inu), mais de mil. No entanto, o director municipal para a área de higiene e controlo sanitário refere que "este número é apenas a ponta do iceberg. Há muitos mais.
A maioria das pessoas só regista os animais quando é abordada pelas autoridades. E a PSP tem feito um esforço imenso para controlar todas essas situações."