Lisboa cai para a 106.ª posição na lista das cidades mais caras do mundo

O preço da gasolina em Lisboa é dos mais elevados entre as 209 cidades ao nível mundial que integram o estudo.
Publicado a
Atualizado a

Lisboa é a 106.ª cidade mais cara do mundo para expatriados, tendo descido num ano onze posições no ranking "Cost of living survey 2020", da Mercer. Apesar desta quebra, o preço da gasolina em Lisboa (1,61 euros por litro) é dos mais elevados entre as cidades que integram o estudo, que analisa 209 cidades dos cinco continentes.

Hong Kong é novamente a urbe mais cara do mundo. Ainda assim, o preço médio de produtos de limpeza, que inclui antisséticos, artigos de limpeza de casa ou detergente para máquina de lavar loiça, atinge em Lisboa um custo médio de 32,90 euros, quando em Hong Kong o valor médio é de 37,80.

O relatório da Mercer analisa e compara os custos de mais de 200 itens, entre eles alojamento, transportes, comida, roupa, bens domésticos e entretenimento. O documento visa apoiar as empresas e governos a garantirem o poder de compra dos colaboradores expatriados ou em vias de serem transferidos para o estrangeiro. O estudo utiliza Nova Iorque como cidade base para todas as comparações e os movimentos cambiais têm como referência o dólar norte-americano

Ásia lidera o top 3

É na Ásia que estão as cidades mais caras. O top 3 é constituído por Hong Kong (1), Ashgabat, no Turquemenistão (2) e Tóquio (3), mas entre as 10 mais dispendiosas ainda constam as asiáticas Singapura (5), Xangai (7) e Pequim (10). Hong Kong destaca-se na liderança devido às flutuações cambiais calculadas face ao dólar norte-americano e ao aumento do custo de vida.

O top 10 integra ainda Nova Iorque (5) e as europeias Zurique (4), cidade que se mantém como a mais cara do continente, seguida de Berna (8), que subiu quatro lugares desde o ano passado, assim como Genebra, agora na 9ª posição.

A Europa registou quebras no ranking deste ano, especialmente cidades como Paris (50), Milão (47) e Frankfurt (76).

O estudo frisa que, apesar de se ter registado um fraco crescimento dos preços na Europa, muitas moedas locais enfraqueceram face ao dólar norte-americano. As economias francesa e italiana debilitaram-se no final de 2019 e o crescimento da zona euro foi nulo. Ainda assim, diz a consultora, não se verificam sinais da crise no que diz respeito à inflação de qualquer um dos países da União Europeia.

A decisão do Reino Unido de sair da UE não impactou a sua moeda local, que se mantém forte, valorizando-se a par das grandes divisas mundiais. Londres (19), Birmingham (129) e Belfast (149), subiram quatro, seis e nove lugares, respetivamente, no ranking.

A força do dólar

O relatório adianta ainda "a força do dólar" aumentou os custos para os expatriados na América do Norte. Nova Iorque, que ocupa o 6º lugar, é a cidade norte-americana com maior classificação neste ranking, seguida de São Francisco (16), Los Angeles (17), Honolulu (28) e Chicago (30). Winston-Salem e Carolina do Norte (132) permanecem como as cidades menos dispendiosas dos EUA para expatriados.

O dólar canadiano valorizou e Vancouver (94) subiu 18 lugares de 2019 para 2020, tornando -se a cidade canadiana mais cara, seguida de Toronto (98). Otava é a cidade menos dispendiosa deste país (151).

Na América do Sul, San Juan (66), em Porto Rico, é classificada como a cidade mais cara, seguida por Porto de Espanha (73), San José (78) e Montevideu (88). Manágua (198) é a cidade menos cara da América do Sul.

As cidades mais baratas para expatriados são Toshkent e Bishkek, que empatam na 206.ª posição, Windhoek (208) e Tunes (209), que fecha o ranking.

Jornalista do Dinheiro Vivo

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt