Linha de Cascais penalizada pela anulação de concurso

A CP confirmou hoje a exclusão das quatro empresas candidatas ao fornecimento de novos comboios e disse que a situação mais crítica vai verificar-se na linha de Cascais, onde o material circulante já é antigo.
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Em declarações à Lusa, a directora de comunicação da CP, Ana Portela, disse que o júri do concurso para o fornecimento de novos comboios "chegou à conclusão que as propostas dos quatro concorrentes [Alstom, Bombardier, CAF e Siemens] não cumpriam todos os requisitos, pelo que o concurso teve de ser anulado".

O jornal Público noticia hoje, em manchete "CP trava concurso para a maior compra de sempre de comboios", referindo que "todas as propostas a concurso acima de 300 milhões acabaram excluídas".

No que se refere ao material que estava a concurso, avançou Ana Portela, "o mais crítico para a CP é o que estava destinado à linha de Cascais".

Isto porque, explicou, "o material actualmente em serviço na linha de Cascais está já com bastante idade e vai penalizar a médio prazo a qualidade do serviço se não foi substituído".

Neste contexto, a CP "tem em mente que essa situação tem de ser resolvida mais tarde ou mais cedo através de uma compra de material que agora terá de ser reprogramada".

Ana Portela disse que a empresa não tem previsão de data para a compra de novos comboios e não consegue definir uma data para o lançamento do novo concurso.

O concurso previa a aquisição de comboios para os serviços urbano e regional da CP, no valor de 370 milhões de euros.

O concurso englobava a aquisição de 25 automotoras para serviço regional, no valor de 125 milhões de euros, e cinco unidades múltiplas eléctricas para a Linha do Sado, no valor de 25 milhões de euros.

O concurso incluía ainda 36 unidades múltiplas eléctricas bitensão para o serviço urbano da Linha de Cascais, no valor de 180 milhões de euros, e oito unidades múltiplas eléctricas para serviço urbano do Porto, no valor de 40 milhões de euros.

O secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, afirmou à Lusa, em maio, que o concurso estava a ser reavaliado, avançando que uma das possibilidades era o processo não avançar.

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