Líder do grupo Wagner convida ministro da Defesa russo a visitar Bakhmut

Em carta enviada ao ministro da Defesa russo, o líder do grupo de mercenários diz que as forças ucranianas lançaram "uma série de contra-ataques bem-sucedidos" na região de Bakhmut.
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Yevgeny Prigozhin, líder do grupo de mercenários Wagner, escreveu uma carta ao ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, convidando-o a visitar o território de Bakhmut para que "avalie a situação por si próprio".

"Peço-lhe que se desloque ao território de Bakhmut, que é controlado pelas unidades paramilitares [da Federação Russa], e que avalie a situação por si próprio", afirmou Prigozhin na missiva publicada na quinta-feira na rede social Telegram, segundo noticia hoje a CNN International.

"Atualmente, as unidades Wagner controlam mais de 95% de Bakhmut e continuam a ofensiva para a completa libertação. Nos flancos, onde estão localizadas as unidades das Forças Armadas [da Federação Russa], o inimigo lançou uma série de contra-ataques bem-sucedidos".

De referir que o líder do grupo Wagner tem vindo a aumentar as queixas sobre a falta de munições na frente de combate, tecendo duras críticas aos responsáveis pelas forças armadas russas.

O convite de Prigozhin ao ministro da Defesa russo surge numa altura em que as autoridades ucranianas reclamam avanços significativos nos arredores da cidades de Bakhmut

"O inimigo sofreu baixas importantes. As nossas forças de defesa avançaram dois quilómetros nas proximidades de Bakhmut. Não perdemos nenhuma posição na cidade esta semana", afirmou esta sexta-feira a vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Maliar, em comunicado.

A Rússia, no entanto, negou na quinta-feira que a Ucrânia tenha registado avanços em Bakhmut e afirmou que os relatos de perdas territoriais ao redor da cidade "não correspondem à realidade".

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, destaca, numa análise divulgada nesta sexta-feira, que Kiev "provavelmente rompeu algumas linhas russas durante contra-ataques perto de Bakhmut".

Com AFP

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