Liberdade, igualdade e fraternidade

Gauleses e francos estão entre os antepassados do que são hoje os franceses, um dos povos europeus com características étnicas mais diversificadas
Publicado a
Atualizado a

"Liberdade, igualdade e fraternidade." A frase, da autoria do filósofo Jean- -Jacques Rosseau, ficou definitivamente associada aos valores universais do pós-Revolução Francesa de 1789. Esta aboliu a monarquia e cimentou a separação entre o Estado e a Igreja. Marcou o início da Idade Contemporânea e lançou aquilo que, a seguir ao Império Napoleónico, seria o aparecimento do Estado-Nação francês. Antes disso, o território em que viveram os antepassados daquele que hoje conhecemos como franceses já fora parte do Império Romano. Os gauleses, popularizados nas aventuras de Astérix, banda desenhada da autoria de Albert Uderzo e René Goscinny, fazem parte desses antepassados. Os outros são os germânicos, com destaque para os chamados francos. E também os mediterrânicos. Após a Segunda Guerra Mundial, são notórias as características do Norte de África numa parcela da população, oriundo das ex-colónias francesas. A França, país fundador da UE, tem hoje em dia uma importante comunidade de origem árabo-muçulmana. Entre os 60 milhões de habitantes, há cinco milhões de religião islâmica. Mas fiel ao princípio da laicidade, a França pratica uma assimilação, defendendo que os estrangeiros aprendam língua e cultura. Isso tem sido ainda mais visível desde que Nicolas Sarkozy chegou ao poder, primeiro como ministro, depois como Presidente da República. Líder da União para um Movimento Popular, no poder, Sarkozy defendeu um contrato para a imigração e criou um ministério da identidade nacional. O seu ministro do Interior, Brice Hortefeux, tem provado a mesma propensão para a po- lémica nesta área e, no início deste mês, foi acusado de xenofobia em relação aos árabes.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt