Leon Panetta reúne-se hoje com membros do Governo

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, está hoje em Lisboa para reuniões com o Governo português onde deverá ser discutido o futuro da Base das Lajes, após a redução de efetivos anunciada por Washington.
Publicado a
Atualizado a

Leon Panetta, que em breve será substituído no cargo, chegou a Lisboa na segunda-feira e teve um jantar informal com o ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco.

Hoje, o chefe do Departamento de Defesa norte-americano tem na agenda um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, uma visita às instalações da NATO em Oeiras e um encontro formal com Aguiar-Branco.

No final desta reunião, haverá uma conferência de imprensa conjunta no Forte de São Julião da Barra, residência oficial do ministro da Defesa.

Um dos temas principais desta visita de Leon Panetta deverá passar pela situação da Base das Lajes, nos Açores, após a redução de 400 militares anunciada pelos Estados Unidos.

Em dezembro, o comandante da zona aérea dos Açores, major-general Luís Ruivo, disse à agência Lusa que a missão americana das Lajes vai manter-se 24 horas por dia, apesar da redução prevista a partir de 2014.

O destacamento norte-americano nos Açores inclui atualmente 580 militares e mais de 700 familiares, que ali permanecem ao abrigo de um Acordo de Cooperação e Defesa assinado por Portugal e os EUA em 1995, em que Portugal dá autorização aos americanos para utilizarem infraestruturas nesta base a fim de apoiarem operações militares e tráfego militar.

Os Estados Unidos da América vão reduzir a atual capacidade de apoio às aeronaves que utilizam a base das Lajes a partir do final do verão de 2014, o que implica uma redução de mais de 400 militares e de meio milhar de familiares que residem na ilha, informou por seu lado o departamento de Defesa norte-americano.

A redução é encarada com grande preocupação na ilha Terceira e mais concretamente no concelho da Praia da Vitória onde a Assembleia Municipal alertou na semana passada o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, para a "situação drástica que paira sobre o concelho".

No concelho da Praia da Vitória, onde ainda existem 318 casas alugadas a norte-americanos, os cortes representam uma redução entre 30 e 40 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do concelho, 10 a 12 por cento do PIB da ilha, o que, segundo o presidente da Câmara, Roberto Monteiro (PS), "terá um efeito indireto sobre a economia de menos 50 milhões de euros por ano", num concelho com 25 mil habitantes e numa ilha habitada por 60 mil pessoas.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt