Leila fugiu com 1,5 toneladas de ouro

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Leila ben Ali terá conseguido levantar 1,5 toneladas de ouro no valor de 45 milhões de euros do Banco Central da Tunísia antes de fugir na sexta-feira com o marido para a Arábia Saudita, noticiou ontem o jornal francês Le Monde, citando fontes dos serviços de informações franceses.

O Banco Central negou, à AFP, que as reservas de ouro tenham sido mexidas nos últimos dias. Segundo o canal de televisão TF1, o ouro terá sido retirado logo em finais do mês de Dezembro. Nessa altura os sinais de uma crise social no país já existiam.

Há muito que choviam acusações de corrupção contra o presidente Zine El Abidine ben Ali e a família da sua mulher. Leila, cujo nome de solteira é Trabelsi, é a segunda mulher do líder tunisino, que estava no poder há 23 anos. O casal conheceu-se quando ela era cabeleireira e ele ministro do Interior de Habib Bourguiba - o qual viria a destituir mais tarde alegando que ele estava senil. Casaram-se em 1992 e tiveram duas filhas e um filho.

Leila, de 53 anos, é descrita como a mulher cuja família realmente detinha o poder na Tunísia. No livro A Regente de Cartago, de Nicolas Beau e Catherine Graciet, ela, o irmão Belhassem Trabelsi, o sobrinho Imed Trabelsi, que morreu esfaqueado nestes tumultos, e o genro Sakhr el-Materi são apresentados como as figuras mais influentes deste país magrebino - estando envolvidos em vários casos de corrupção.

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