Lançado concurso público para concessão do Convento do Carmo em Moura

O Governo lançou hoje o concurso público para a concessão do Convento do Carmo, em Moura, ao abrigo do programa Revive, que prevê ceder imóveis públicos a privados para serem recuperados e usados para atividades económicas.
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Os investidores interessados na concessão do Convento do Carmo, situado na cidade de Moura, no distrito de Beja, podem apresentar propostas até ao dia 16 de abril de 2019, refere um comunicado conjunto das secretarias de Estado do Turismo e da Cultura enviado à agência Lusa.

Segundo a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, citada no comunicado, a recuperação do histórico convento "é uma oportunidade para atrair investimento e dinamizar o turismo em Moura e no Alqueva e criar riqueza e postos de trabalho".

Já a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, também citada no comunicado, frisa que, com o lançamento do concurso, "dão-se passos importantes na valorização de um monumento de valor histórico excecional, com cerca de sete séculos de existência e uma condição geográfica privilegiada no contexto do interior transfronteiriço".

O Convento do Carmo, o primeiro da Ordem dos Carmelitas fundado na Península Ibérica, em 1251, é constituído pela Igreja de N. Sra. do Carmo e por um claustro, que juntos compõem um conjunto classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944, e por um complexo conventual.

De acordo com o Revive, toda a área do convento, à exceção da igreja, vai ser afeta à concessão a privados.

Segundo a Câmara de Moura, o convento, situado no centro histórico da cidade alentejana, tem "um inestimável valor patrimonial e sentimental para os habitantes do concelho".

O Revive visa promover a requalificação e posterior aproveitamento turístico de imóveis do Estado com valor arquitetónico, patrimonial, histórico e cultural e que "não estão a ser devidamente usufruídos" e que, em alguns casos, estão "em adiantado estado de degradação".

Através de investimentos privados escolhidos por concurso, o Revive prevê recuperar imóveis para os tornar aptos para atividades económicas, nomeadamente nas áreas de hotelaria, restauração e cultura, ou outras formas de animação e comércio.

Assim, o Revive permite "promover e agilizar processos de rentabilização e preservação de património público" devoluto e transformá-lo "num ativo económico a favor do país e, em particular, das comunidades das regiões abrangidas".

Segundo o Governo, o Convento do Carmo é um dos 33 imóveis inscritos no Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças com a colaboração das autarquias abrangidas.

Através do programa, "pretende-se valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país", segundo o executivo governamental.

O concurso para a concessão do Convento do Carmo é o 13.º a ser lançado no âmbito do Revive, referem as secretarias de Estado, indicando que, atualmente, também estão abertos concursos para concessão da Casa de Marrocos (Idanha-a-Velha), do Mosteiro de Santo António dos Capuchos (Leiria), do Mosteiro de Arouca, do Convento de São Francisco (Portalegre) e do Quartel do Carmo (Horta, Açores).

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