Kate McCann conta que teve ataque de fúria
Segundo o jornal de "The Sun", que tem publicado excertos do livro - que chega a Portugal no dia 23 -, Kate McCann descreve a actuação das autoridades nas primeiras horas após o desaparecimento de Maddie. E vai falando da frustração que sentia, quer pelo facto de a filha não aparecer, quer pelo facto de ter a sensação de que não estava a ser feito o suficiente.
"Mais de 24 horas passaram. A dor e o medo e a sensção de impotência estavam a destruir-me", diz. Explica então que ligou para a Polícia Judiciária e que aquilo que lhe disseram foi: "Tudo o que pode ser feito está a ser feito". Para Kate, segundo a citação do The Sun, era mais do mesmo, uma frase oca.
"A frustração e a raiva começaram a aumentar. Sentia-me enjaulada, como um animal demente. Era tortura da mais cruel. Finalmente, explodi. Comecei a gritar, a praguejar. Dei um pontapé numa cama que fora levada para o apartamento e destrui-lhe os pés", conta.
"Depois vieram as inevitáveis lágrimas. Prostrada no chão, a soluçar que nem um bebé, senti-me derrotada. Não dormia há 42 horas. Estava exausta e o meu corpo estava dilacerado pela dor", descreve.
Kate McCann conta que se sentiu insultada quando o então director da PJ de Faro, Guilhermino Encarnação, lhe sugeriu a hipóteses de Maddie ter saído do quarto sozinha.
Ainda relativamente às primeiras horas após o desaparecimento Kate McCann escreve que a GNR não demonstrava grande urgência. Fala ainda dos relatórios da PJ acerca das equipas compostas por homens e cães pisteiros que varreram a praia da Luz, conta, ela, mais de 24h horas depois do desaparecimento da filha. "As únicas buscas de que tive conhecimento foram aquelas levadas a cabo por nós próprios, outros hóspedes e staff do hotel", contrapõe.