Júri condena homem por crime cometido há quatro décadas

Caso de criança de seis anos raptada e assassinada em 1979 levou à criação, nos EUA, do Dia Nacional das Crianças Desaparecidas.
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Chegou ao fim o caso do desaparecimento e morte de Etan Patz, ocorrido em 1979, com a condenação de um homem de 56 anos após nove dias de deliberação por um tribunal de júri em Nova Iorque.

Pedro Hernandez, 56 anos, era empregado de uma loja próximo do local onde vivia Etan Patz, uma criança de seis anos que desapareceu no primeiro dia em que ia a pé e sozinho para a paragem do autocarro escolar no bairro nova-iorquino do Soho.

O caso induziu mudanças profundas na forma como os pais e as escolas passaram a acompanhar crianças e a reagir à sua ausência nas aulas. O então presidente Ronald Reagan decretou mesmo o dia 25 de maio como Dia Nacional das Crianças Desaparecidas.

Este foi o segundo julgamento de Pedro Hernandez, após o primeiro ter sido anulado em 2015 ao fim de 18 dias de deliberações por parte do júri. Não foram apresentadas provas físicas durante o julgamento nem foram encontrados quaisquer vestígios da criança.

Os advogados de defesa questionaram a sinceridade da confissão feita por Pedro Hernandes, devido aos problemas psicológicos e baixo quociente de inteligência que o faziam confundir realidade e fantasia além de poder ser influenciado pelos investigadores.

Pedro Hernandez foi considerado suspeito em 2012, quando um cunhado informou a polícia sobre as alegações por ele feitas de ter morto uma criança.

O rosto de Etan Patz foi um dos primeiros a surgir inscrito em pacotes de leite que serviam para pedir informações sobre o seu desaparecimento.

Os pais da crainça apelaram à criação de uma base de dados a nível dos EUA com impressões digitais e à obrigatoriedade de pais e escolas comunicarem mutuamente quando as crianças não fossem às aulas ou estivessem ausentes.

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