Juiz livra Kirchner de acusação de encobrimento de alegados terroristas

A presidente argentina foi acusada pelo procurador Alberto Nisman (encontrado morto) de encobrir os suspeitos iranianos do atentado contra um centro judeu de Buenos Aires, que fez 85 mortos em 1994.
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O juiz federal argentino Daniel Rafecas indeferiu hoje a denúncia contra a presidente argentina, Cristina Kirchner, que foi acusada pelo procurador Alberto Nisman de alegado encobrimento de iranianos no atentado contra a Associação Mutualista Israelita Argentina, em 1994. Em 2007, a Interpol emitiu mandados de captura contra cinco cidadãos iranianos, que seriam os principais suspeitos do atentado com um carro armadilhado. O Irão sempre negou qualquer envolvimento.

A denúncia contra Kirchner tinha sido apresentada a 14 de janeiro, poucos dias antes de o procurador ter sido encontrado morto em casa em circunstâncias suspeitas. O procurador Gerardo Pollicita deu seguimento às acusações de Nisman.

Segundo os media argentinos, o juiz diz que o relatório do procurador não tem as condições mínimas para iniciar uma investigação contra a presidente e contra outros responsáveis governamentais, que teriam protegido os suspeitos iranianos em troca do intensificar das relações comerciais com o Irão.

"Sempre dissemos que a denúncia de Nisman contra Cristina era um disparate. Hoje um juiz confirmou-o", escreveu no seu Twitter o ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, pre-candidato do Partido Justicialista para as presidenciais de outubro de 2015.

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