Jovem sequestra monitora de centro educativo

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Coimbra. Uma monitora do Centro Educativo dos Olivais foi sequestrada na noite de sábado por um dos internos da instituição, que a fechou numa sala, ameaçou e agrediu no pescoço. O caso acabou por ser resolvido pelos funcionários, mas a monitora apresentou queixa à polícia, que já está a investigar

Menor ameaçou e agrediu educadora com uma chave

Um jovem de 16 anos sequestrou na noite de sábado uma das monitoras do Centro Educativo dos Olivais (CEO), uma das nove instituições sob a tutela da Direcção-Geral da Reinserção Social (DGRS), que acolhe jovens delinquentes. Um desentendimento entre o grupo dos 12 internos que se encontram a viver neste centro, situado em Coimbra, pode ter estado na origem do episódio.

Segundo contou ao DN fonte policial, a monitora, de 40 anos, foi fechada durante mais de três horas numa sala, após ter tentado interferir na discussão entre os jovens, um deles acabou por reagir agressivamente, ameaçando-a com uma chave e provocando-lhe um arranhão no pescoço. A mesma referiu que o jovem em causa sofre de perturbações comportamentais e que tem já antecedentes criminais. O caso foi resolvido pelos funcionários do CEO, que conseguiram dialogar com o interno, levando-o a abrir a porta e a libertar a monitora. Por volta da meia-noite saíram da sala e funcionária foi levada a um hospital para receber assistência.

A PSP de Coimbra foi chamada ao local, mas não chegou sequer a entrar na instituição. No entanto, o DN sabe que a monitora do CEO apresentou queixa por agressão e sequestro, a qual já está a ser investigada pela secção de Combate ao Banditismo da Polícia Judiciária. O DN tentou obter uma explicação por parte da direcção do centro, contudo o assunto foi encaminhado para a DGRS. A relações públicas deste organismo foi contactada, mas afirmou nada poder fazer, pois não sabia do que se tratava. A mesma pediu-nos que enviássemos um e-mail com o assunto para ser analisado hoje pela direcção da DGRS.

Mas a reinserção social acabou por dar uma resposta escrita ao caso à RTP1. Leonor Furtado, directora-geral da DGRS, desmentiu o sequestro, bem como uma queixa entregue pela monitora, referindo que esta compareceu ontem ao trabalho. A directora-geral argumentou que o caso se resumiu ao facto de um interno com perturbações mentais ter entrado em descompensação.

Ao que o DN apurou, este não foi o primeiro episódio de distúrbios dentro da instituição, situada na Rua Brigadeiro Correia Cardoso. Fontes da segurança social asseguram ser cada vez mais difícil controlar os jovens ali internados, já que todos elementos têm antecedentes criminais e os funcionários são cada vez menos.

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