José Rodrigues dos Santos deve ser despedido ainda antes do Natal
José Rodrigues dos Santos deve ser despedido pela RTP ainda antes do Natal, segundo soube o DN junto de fonte próxima do processo. A saída do pivot do Telejornal para muito breve era ontem apontada como uma realidade e a intenção da administração da estação pública é não prolongar o processo disciplinar por muito tempo.
O pivot já recebeu a nota de culpa (a que tem de responder até dia 27) que deu início ao processo disciplinar instaurado pelo conselho de administração, que, nas conclusões, pede o despedimento do jornalista com justa causa (não recebe indemnização) por ter violado o dever de respeito e de urbanidade para com a empresa, por não cumprir com assiduidade o seu trabalho, por ter sido desleal ao acusar a administração de interferências e por ter lesado o bom- -nome da RTP.
O DN tentou obter uma reacção de Rodrigues dos Santos, que se recusa para já a fazer comentários ao processo.
Um dos argumentos usados pela administração, soube o DN junto de fonte da estação, a respeito do alegado incumprimento de horários por parte do pivot, tem a ver com o facto de Rodrigues dos Santos não passar pelo controlo biométrico (identificação por impressão digital) quando saía para almoçar, ir ao médico ou outro acontecimento, limitando-se a passar o cartão de funcionário pelo torniquete (os trabalhadores da RTP têm dois controlos de entrada e saída do edifício). Fonte da redacção disse ao DN que José Rodrigues dos Santos não é o único da estação a não passar regularmente pelo controlo biométrico.
Contactado pelo DN, o presidente da RTP, Almerindo Marques, recusou-se a confirmar se a intenção da administração é, ou não, que o jornalista saia já antes do Natal, afirmando apenas que "o processo disciplinar ainda está em curso".
O caso vai seguir agora para o tribunal, sendo certo que, a confirmar-se este cenário de despedimento com justa causa a breve prazo, José Rodrigues dos Santos , um dos mais populares e experientes pivots televisivos, ficará no mercado, disponível para ingressar na concorrência, SIC e TVI. Os operadores privados preferem, para já, esperar para ver. Só depois farão comentários à possibilidade.