Uma jornalista portuguesa, que se encontrava na Etiópia, morreu a 4 de Maio, segundo fonte da Secretaria de Estado das Comunidades, vítima de um acidente de viação na Etiópia. Carina Mateus Barroca, de 27 anos, natural da localidade de Foz de Giraldo (Oleiros), estava há três meses na Etiópia, a trabalhar para uma empresa espanhola que produzia conteúdos para o site de informação económica World Investment News. .Segundo a mesma fonte diplomática, no acidente, que ocorreu a cerca de 200 quilómetros da capital, Adis Abeba, morreram ainda uma jornalista italiana e um jornalista francês..Paulo Urbano, presidente da Junta de Freguesia do Orvalho, adiantou ao DN que a família foi informada da sua morte pela GNR no dia a seguir ao acidente, pelas 17.00, tendo o desastre, segundo conta, ocorrido "no regresso de um fim-de-semana passado numa praia na Somália, junto com mais colegas". ."Eu próprio contactei o Governo Civil que, desde logo, tomou todas as providências", frisou o autarca, que também conhecia a jovem, licenciada pela Universidade de Coimbra, em Relações Internacionais. Maria José Batísta, responsável do Governo Civil de Castelo Branco, confirma ter contactado de imediato a Secretaria de Estado das Comunidades, que "organizou todo o processo para transladar o corpo para Portugal". ."A Carina era uma humanista que vivia tudo com muita intensidade. Já tinha trabalhado também para a Amnistia Internacional e por vezes conversávamos sobre a vontade dela de arriscar muito em ir trabalhar para países de África e ela sempre dizia que era onde mais queria ir pelo seu espírito humanista", conta Paulo Urbano. .Os três jornalistas trabalhavam para o site de informação económica World Investment News e encontravam-se na Etiópia desde finais de Março a preparar uma reportagem sobre a realidade económica do país para publicar na revista US News & World Report. .Fonte da secretaria de Estado das Comunidades desmentiu "categoricamente" a informação avançada pela rádio local Beira Interior de que a jornalista teria sido alvo de um atentado na Somália. José Lourenço, tio da vítima, adiantou ao DN: "Não sabemos como a Carina morreu. Ainda não temos em nosso poder um relatório sobre o sucedido." O funeral realizou-se ontem de manhã na Foz do Giraldo, em Oleiros.