Jornalismo e Literatura em questão no Festival Literário da Madeira
O Festival Literário da Madeira (FLM) vai ter sobre a mesa um dos temas quentes da atualidade: Jerusalém. Para debater a religião e a política em torno de um centro religioso disputado por três religiões estarão no sábado 17 no Teatro Municipal Esther Mucznik, membro da Comissão Permanente da Comissão de Liberdade Religiosa; o religioso católico Frei Bento Domingues, e o imã da mesquita central de Lisboa, David Munir. O mote para o debate parte de uma afirmação de Benjamin Disraeli: "A vista de Jerusalém é a história do mundo; é mais do que isso; é a história do céu e da terra".
A partir desse momento, o desfile de autores não para nas várias salas do FLM, no Funchal e noutras localidades, dando também especial atenção a estudantes. "Jornalismo e Literatura palavra que prende, palavra que liberta" é o tema que une as várias sessões e eventos, que reúne uma vez mais na Madeira alguns dos maiores nomes da literatura, jornalismo e música.
Este ano o "cartaz" é forte e com uma especial participação feminina. Já foram confirmadas as presenças da autora americana Otessa Moshfegh, a vencedora do Prémio Hemingway/PEN 2016; da canadiana Eleanor Catton, vencedora do Man Booker Prize 2013, e da finlandesa Sofi Oksanen, vencedora do Prémio Femina 2010 e do Prémio Nórdico da Academia Sueca 2013. Nos próximos dias serão anunciados os restantes participantes, com destaque para vários autores portugueses que marcarão presença.
O habitual concerto está a cargo de Aldina Duarte, num espetáculo a realizar-se no dia 16.
O Festival Literário da Madeira já recebeu em anteriores edições nomes como Eduardo Lourenço, Alberto Manguel, Helder Macedo, Naomi Wolf, Gonçalo M. Tavares, Mia Couto, Samar Yazbek, Ondjaki, Lídia Jorge, Frederico Lourenço, Eimear McBride, Adam Johnson, Pepetela ou Zygmunt Bauman, entre outros.