Joaquim Goes é candidato a administrador financeiro da PT
Joaquim Goes, administrador não executivo da Portugal Telecom e executivo de BES, poderá substituir Zeinal Bava como administrador financeiro (CFO) do grupo de telecomunicações, apurou o DN. Goes é um "forte candidato" ao cargo, tendo um "perfil e competências adequadas".
O Diário Económico noticiou ontem que Zeinal Bava deverá abandonar o cargo de CFO a partir de 21 de Abril, na assembleia geral de accionistas, informação que o DN confirmou junto de fonte da PT. O actual responsável pelo pelouro financeiro, irá, contudo, manter o seu lugar na comissão executiva da PT e a presidência da TMN e da PT Multimédia. Contactado pelo DN, Zeinal Bava escusou-se a fazer qualquer comentário sobre este assunto, enquanto Joaquim Goes este indisponível.
A decisão de abandonar o cargo terá partido do próprio Zeinal Bava, que desta forma passaria a dedicar--se aos negócios menos tradicionais e a controlar a cash cow do grupo, a TMN. Por outro lado, o próximo mandato será um período de contenção de custos, que exigirá a rigorosos controlos financeiros.
Joaquim Goes é apontado como provável sucessor de Zeinal Bava, o que obrigaria o gestor a suspender ou abandonar as funções executivas que exerce actualmente no BES.
Por decidir está o número de elementos da comissão executiva da PT, que poderá manter os setes elementos ou voltar à composição anterior de cinco membros. A optar-se por os setes administradores e a confirmar-se a saída, dada como certa, de Miguel Horta e Costa e Iriarte Esteves, falta conhecer quem será um dos administradores (no caso dos actuais manterem os seus cargos).
Na última redistribuição de pelouros, comunicada à Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) no dia 2 deste mês, Henrique Granadeiro e Rodrigo Costa passaram a integrar a comissão executiva, alargada para sete elementos. Henrique Granadeiro assumiu a liderança dos recursos humanos, área que estava na alçada de Carlos Vasconcellos Cruz, que manteve o projecto de organização e liderança. Além dos recursos humanos, Granadeiro ficou a colaborar com Miguel Horta e Costa na agenda estratégica da PT e na regulação, mantendo a presidência da Fundação PT e passando a liderar a PT ACS.
Iriarte Esteves ficou sem a TMN e a PT Comunicações, que passaram, respectivamente, para Zeinal Bava e Rodrigo Costa. Este último passou igualmente a partilhar as áreas de inovação e desenvolvimento tecnológico. Por seu lado, Paulo Fernandes perdeu a área de sistemas de informação, mas manteve o planeamento, controlo de gestão, desenvolvimento de negócios, imobiliário, compras e contenção de custos. Vasconcellos Cruz ficou sem os recursos humanos, mas foi-lhe atribuída a área internacional. C * com AM e RS