João Jardim recusa Bloco Central
O presidente do PSD/Madeira afirmou sábado à noite que só aceita um pacto de regime se for para mudar a Constituição portuguesa. Alberto João Jardim, que falava no encerramento do XV Congresso Regional da JSD-Madeira, que decorreu na ilha de Porto Santo, realçou que «pactos de regime no quadro desta Constituição é o mesmo que restaurar o Bloco Central». E, sublinhou «Bloco Central só por cima do meu cadáver!»
O líder do Governo Regional da Madeira reiterou a necessidade de uma revisão da Constituição devido à desadequação de um conjunto de normas nos domínios da economia e da organização política, que impedem o desenvolvimento de Portugal, e defendeu «um acordo entre os dois maiores partidos» para esse efeito.
Caso tal não aconteça, Jardim exortou à «coragem de aparecer um candidato presidencial» que diga «ao povo português se eu ganhar as eleições vou referendar uma nova Constituição».
Para a Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim afiançou pretender «continuar o caminho de desenvolvimento», com a aplicação, «custe o que custar» do programa do Governo Regional para os próximos quatro anos. Salientou ainda que não tem de fazer «uma política para agradar àqueles senhores do lado de lá do mar».
O líder do governo Regional da Madeira criticou ainda o «inefável Jorge Sampaio» por ter dissolvido a Assembleia da República e ceder a interesses corporativos, nomeadamente os da comunicação social e da justiça, que o Governo de Santana Lopes estava a pôr em causa.
O XV Congresso Regional da JSD-Madeira reelegeu, pela quarta vez consecutiva, Jaime Filipe Ramos para dirigente dos jovens sociais-democratas madeirenses. O também deputado à Assembleia Legislativa, presidente da Associação de Jovens Empresários da Madeira e filho do secretário-geral do PSD-Madeira, Jaime Ramos, foi eleito com 231 votos favoráveis dos 236 delegados votantes e vai cumprir um mandato de dois anos.