Jerónimo Martins quer cotar Biedronka
O Grupo Jerónimo Martins estuda a possibilidade de cotar a rede de lojas discount Biedronka na bolsa de Varsóvia. A intenção foi ontem comunicada pelo grupo de distribuição, na Polónia, e tem vindo a ser analisada desde 2003.
O DN sabe que Alexandre Soares dos Santos, presidente do grupo, admite colocar em bolsa 20 a 30% do capital da Biedronka. Fora de hipótese está a dispersão da maioria do capital, uma filosofia também adoptada em Portugal com a entrada da Jerónimo Martins na bolsa lisboeta. Para o grupo, presente no mercado polaco há dez anos, a entrada em bolsa permitirá o apoio ao desenvolvimento da rede de lojas.
"A bolsa é certamente uma das possibilidades, entre outras, de permitir o apoio ao desenvolvimento dinâmico da rede", afirmou ontem à agência Lusaem Varsóvia Pedro Silva, director-geral da Jerónimo Martins Distribuição.
A rede Biedronka dispõe actualmente de mais de 740 lojas dispersas pelo país. Desde a sua entrada no mercado polaco, a Jerónimo Martins investiu 375 milhões de euros, e admite investir até 2007 na expansão da rede entre 60 a 80 milhões de euros. Nos próximos três anos, a insígnia estima atingir cerca de mil superfícies comerciais. Anna Mazurek, porta-voz da filial polaca da Jerónimo Martins, adianta que o grupo "manterá a estratégia de abertura de novas lojas Biedronka e de modernização das existentes".
O grupo emprega actualmente na Polónia cerca de doze mil pessoas, e até final de 2005 está planeada a criação de mais mil postos de trabalho. O ano passado, foram investidos cerca de 2,5 milhões de euros na melhoria das condições de trabalho na rede de distribução da empresa polaca.
No primeiro trimestre de 2005, foram inauguradas nove lojas e modernizadas dez unidades já existentes. O grupo inaugurou ainda o quinto centro de distribuição e um centro de gestão de dados, em Kostrzyn Wielkopolski, criando no total 180 postos de trabalho.