Jeffrey Epstein terá tentado extorquir Bill Gates devido a caso extraconjugal

Epstein estava a tentar criar um fundo de caridade com a empresa JP Morgan que estava dependente da obtenção de apoio de Bill Gates.
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Jeffrey Epstein terá ameaçado e tentado extorquir Bill Gates devido ao seu alegado caso extraconjugal com a jogadora russa de bridge Mila Antonova, noticiou o The Wall Street Journal.

Fontes próximas do assunto disseram ao jornal americano que depois de Jeffrey Epstein descobrir sobre o caso da jogadora e do fundador da Microsoft, este ameaçou Bill Gates a pagar os custos da matrícula que Epstein havia pago para Mila Antonova frequentar a escola de codificação de software.

A ameaça chegou através de um email em 2017 depois de Epstein não ter conseguido que Bill Gates se juntasse a um fundo de caridade multibilionário que tentou criar. De acordo com as mesmas fontes, este fundo seria uma tentativa de Epstein reconstruir a sua reputação depois de ter sido obrigado a registar-se como agressor sexual e se ter declarado culpado de solicitar e contratar uma menor para prostituição.

Bill Gates conheceu Mila Antonova em 2010. De acordo com documentos revistos pelo jornal americano, Mila Antonova queria criar um negócio online de tutoriais de bridge e queria garantir fundos junto de Epstein.

A jogadora conheceu Epstein através de um conselheiro próximo de Bill Gates. Epstein acabou por não investir neste negócio mas providenciou um apartamento em Nova Iorque para Mila Antonova ficar a viver. "Não interagi com ele ou com outras pessoas enquanto estava lá", disse a jogadora russa.

Epstein também chegou a pagar as propinas para Mila Antonova frequentar uma escola de codificação de software. "Jeffrey Epstein concordou em pagar e pagou diretamente à escola. Nada foi trocado. Não sei porque é que ele fez isso", disse a jogadora ao The Wall Street Journal. "Quando perguntei ele disse algo do tipo ele ser rico e querer ajudar as pessoas quando pudesse".

Epstein estava a tentar criar um fundo de caridade com a empresa JP Morgan, que implicava que indivíduos ricos fizessem um investimento mínimo de 100 milhões de dólares. Documentos mostram que a criação do fundo estava dependente da obtenção de apoio de Bill Gates.

Emails revelaram que Epstein trocava emails com os executivos da JP Morgan como se fosse um conselheiro próximo de Bill Gates. Um porta-voz de Bill Gates "disse que Epstein nunca trabalhou para Bill Gates e deturpou os seus laços em comunicações com a JP Morgan e outros".

Em 2019, Jeffrey Epstein foi acusado de tráfico sexual de uma menor e conspiração para cometer tráfico sexual. Epstein negou as acusações e morreu alguns meses depois em custódia num aparente suicídio.

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