São mais jovens e têm mais filhos. São estas as principais razões para o enorme crescimento previsto para o islão, que durante este século pode ultrapassar, pela primeira vez na história, o número de cristãos. As projeções são do Pew Research Center, um think tank norte-americano, num relatório sobre a evolução das principais religiões do mundo. E não surpreendem Yiossuf Adamgy, autor de vários livros sobre o islão: "Não só pela demografia, embora seja mais importante, mas também pelas conversões", defende..Estima-se que existam mais de dois mil milhões de cristãos, quase um terço da população mundial, e 1,6 mil milhões de muçulmanos, mas em meados do século o número de crentes das duas religiões vai ser praticamente igual. O sociólogo Joaquim Costa salienta a importância da demografia: "No relatório do ano passado, o Pew indicava o islamismo como o grande grupo religioso mais jovem do mundo." Junte-se a isto as taxas de fertilidade, superiores à média, e está encontrada a explicação para o crescimento de 76%. Aliás, o sociólogo salienta que esse impacte se nota já em certos discursos políticos. "Em Israel há quem grite: cuidado com os árabes, que se reproduzem como coelhos; na Europa, também há quem grite assim.".Leia mais pormenores na edição impressa ou no e-paper do DN