Islândia vai mudar Constituição para aderir à UE
O Governo interino da Islândia está a ponderar mudar a Constituição com vista a uma eventual adesão à União Europeia rápida após as eleições antecipadas marcadas para Abril, anunciou ontem o partido social-democrata, uma das duas formações no poder desde domingo.
Para alterar a Constituição na Islândia, é preciso dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. A nova coligação governamental, que junta Sociais Democratas e Esquerda/Verdes, substituiu a anterior, constituída pelo Partido da Independência e pelo Partido Social Democrata. Liderado por Geir Haarde, o anterior executivo foi forçado a demitir-se na semana passada, acusado de não ter sabido lidar com a crise financeira que já obrigou à nacionalização dos três principais bancos do país, fez disparar o desemprego e a inflação.
Os sociais democratas sempre foram favoráveis à UE, considerando que a adesão permitiria à Islândia, pequena ilha Atlântica com 320 mil habitantes, controlar uma economia sujeita a grandes flutuações. Número um no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, a Islândia esteve muito perto da bancarrota em Outubro devido à crise.|