Inverno de 2017 com mais incêndios

Tempo seco é a razão apontada para um aumento do número de incêndios no inverno deste ano, comparativamente ao inverno de 2016. Governo volta a alertar para a necessidade de prevenção.
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O Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, apela para a prevenção de forma a evitar que o elevado número de incêndios de 2016 se repita este ano. 2016 "não correu bem", chegando-se a registar 469 incêndios apenas num dia.

A maioria dos incêndios "nasceram por causa do comportamento dos cidadãos", com uma grande parte devido a casos de negligência e casos de fogo posto, afirma Jorge Gomes na apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que decorreu no Algarve.

Dados relativos ao inverno deste ano, até 7 de maio, revelam um aumento significativo do número de incêndios e de área ardida, comparativamente ao mesmo período de 2016. Jorge Gomes justifica este aumento com base no inverno seco que se observou, sendo esta também a razão pela qual é necessário redobrar os cuidados e a prevenção, por se prever um verão igualmente seco, o que aumenta o risco de incêndios.

O Secretário de Estado da Administração Interna afirma que o Governo se encontra "confiante" e "motivado", com confiança nas forças de segurança e nos agentes da Proteção Civil. "Continuamos a apelar às forças de segurança que, quando os cidadãos não querem cumprir o que está na lei, não deixem de atuar, pois são os comportamentos dos cidadãos que provocam todo este mal-estar", sublinha Jorge Gomes.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais, apresentado em abril de 2017, tem como objetivos prevenir comportamentos de risco, vigiar, detetar e avisar, e ainda combater com rapidez e segurança.

O DECIF prevê uma redistribuição do efetivo do dispositivo terrestre de 1 de julho a 30 de setembro, pelos distritos que registam uma elevada incidência, nomeadamente Braga, Viana do Castelo e Vila Real, recorrendo a bombeiros de outros distritos. O plano conta ainda com três equipas de análise e uso do fogo e respetivos veículos específicos de apoio.

Entre 1 de julho e 30 de setembro estarão disponíveis 48 meios aéreos, acrescentando assim um helicóptero de coordenação aos 47 existentes.

Formação especifica de 25 horas para os pelotões militares das Forças Armadas, envolvendo 1.380 militares, com o objetivo de melhorar a capacidade do dispositivo na área das ações de rescaldo e vigilância após incêndio, tendo em vista a diminuição do número de reacendimentos. Também os bombeiros e sapadores florestais terão acesso a ações corretivas relativas às operações de rescaldo, em parceria com as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia.

O DECIF pretende ainda melhorar a capacitação técnica e operacional, com uma melhoria da capacidade técnica e operacional das Forças do DECIF, particularmente os bombeiros, através de um conjunto de ações de formação e de ações de treino operacional, destinadas a 7.899 operacionais.

O plano prevê ainda uma melhoria nas condições de apoio logístico aos meios de reforço com uma capacidade instalada para 1.189 operacionais.

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