Iniciado primeiro julgamento contra piratas da Somália

Um tribunal de Tóquio deu hoje início ao primeiro julgamento realizado no Japão contra dois alegados piratas somalis, acusados de terem atacado um petroleiro na costa de Omã em março de 2011.
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Os réus - Mohamed Urgus Adeysey e Abdinur Hussein Ali - são acusados de terem abordado a 03 de março de 2011 o cargueiro Guanabara, com bandeira das Bahamas e operado pela empresa japonesa Mitsui OSK, noticiou a agência Kyodo.

Segundo o Ministério Público japonês, os dois alegados piratas ameaçaram a tripulação do petroleiro com uma espingarda automática e tentaram tomar o navio.

Durante o ataque, nenhum dos membros da tripulação, que incluía cidadãos japoneses, ficou ferido e os assaltantes, com outros dois cúmplices, foram detidos pela marinha norte-americana.

Os acusados, com idades estimadas entre os 20 e os 30 anos, foram levados para o Japão para aí serem julgados pelo alegado ataque ao navio, propriedade do grupo japonês Mitsui OSK.

Os dois cúmplices dos ataques, menores de idade à data em que ocorreu a tentativa de assalto à embarcação, estão também acusados de pirataria, e serão julgados sob a legislação japonesa aplicada a menores.

O Japão aprovou em 2009 uma lei anti-pirataria que permite que as forças japonesas protejam navios comerciais de bandeira estrangeira e abram fogo contra navios piratas que se aproximem, ignorando disparos de advertência.

Em julho, o governo do Japão decidiu prolongar durante mais um ano a missão antipirataria das suas forças de autodefesa (exército) nas águas da costa da Somália.

A missão nipónica nas águas junto à Somália foi iniciada em março de 2009 e já tinha sido prorrogada duas vezes.

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