Inglaterra vence Escócia no clássico das papoilas
A Inglaterra venceu ontem a Escócia, por 3-0, num jogo em que as duas seleções utilizaram uma fita com uma papoila nas mangas das camisolas, como forma de homenagem aos soldados mortos e feridos na I Guerra Mundial, contrariando assim as normas da FIFA que impedem mensagens políticas, religiosas ou pessoais nas camisolas.
Um porta-voz da FIFA, contudo, negou ontem que o organismo tivesse ameaçado punir as seleções britânicas caso utilizassem esse símbolo (apenas recomendou que não o fizessem), lembrando que essa é uma competência do Comité Disciplinar, órgão independente que irá agora decidir o que fazer. O castigo pode passar pela retirada de pontos ou a aplicação de uma multa às duas seleções.
O símbolo com a papoila é usado no Reino Unido desde o final de outubro até ao 11 de novembro, dia em que foi assinado o Armistício de Compiègne, que encerrou as hostilidades da I Guerra Mundial, em 1918.
Os golos da seleção orientada (interinamente) por Gareth Southgate foram apontados por Daniel Sturridge (24"), Adam Lallana (51") e Gary Cahill (61"), permitindo à Inglaterra manter-se folgadamente na liderança do grupo F, com 10 pontos, mais dois pontos do que a Eslovénia, que venceu fora a seleção de Malta por 1-0.
A Irlanda do Norte, que ontem defrontou e goleou o Azerbeijão, por 4-0, optou por não utilizar o símbolo, usando apenas um fumo negro para homenagear os soldados mortos e feridos britânicos na I Guerra Mundial, posição que deverá ser seguida pelo País de Gales, que hoje recebe a Sérvia.
No Grupo A, a França, finalista vencida na final do Euro2016 diante de Portugal, apanhou um valente susto em casa, mas acabou por conquistar os três pontos. A Suécia colocou-se em vantagem aos 54 minutos, com um golo de Emil Forsberg que fez gelar o Stade de France. Mas Paul Pogba (57") e Payet (65") consumaram a reviravolta e deram o triunfo à seleção dirigida por Didier Deschamps, que assim se manteve na liderança do grupo, com mais três pontos do que os nórdicos.
A Alemanha voltou a defrontar a frágil seleção de São Marino, em jogo relativo ao Grupo C. O marcador não chegou à goleada que os germânicos impuseram à seleção do país vizinho de Itália em 2006, quando o jogo terminou com o marcador em 13-0. Mas também não andou muito longe. Desta vez a equipa liderada por Joachim Löw despachou São Marino com oito golos sem resposta (Sami Khedira, autogolo de Stefanelli, Volland, hat-trick de de Serge Gnabry, um bis de Jonas Hector). Ainda neste agrupamento, destaque para o triunfo caseiro da República Checa sobre a Noruega, por 2-1, com golos de Michael Krmencik e Jaromir Zmrha. Foi a primeira vitória dos checos nesta fase de qualificação.