Inflação do Brasil sobe 0,75% em março, maior aumento desde 2015
Com o resultado de março, a inflação no país acumula um crescimento de 1,51% no primeiro trimestre do ano de 4,58% nos últimos 12 meses.
Segundo o IBGE, o resultado foi causado principalmente pelos reajustes de produtos dos grupos de alimentação e transportes.
Alimentos e bebidas subiram 1,37% no mês, e os transportes, aumentaram 1,44% em março.
Esses grupos representam cerca de 43% das despesas domésticas e respondem por 80% da inflação de março, segundo o relatório do IBGE.
O preço dos alimentos subiu pressionado pelo tomate (31,84%), pela batata-inglesa (21,11%), pelo feijão-carioca (12,93%) e pelas frutas (4,26%), devido a problemas na colheita e nos baixos 'stocks'.
Depois de uma deflação em fevereiro (0,34%), os transportes tiveram um aumento de 3,49% em março, impulsionados principalmente pelo custo da gasolina, que subiu 2,88% no terceiro mês do ano e do etanol (7,02%).
O preço das passagens aéreas, que subiu 7,29% em março, e das de transporte urbano, que aumentaram 0,90%, também pressionaram o aumento da inflação naquele mês.
"O índice de março reflete em parte o aumento de 10,82% no preço da gasolina na refinaria, concedido pela Petrobras entre 27 de fevereiro e 29 de março", explicou Fernando Gonçalves, gerente de pesquisa do IBGE.
Segundo o instituto de pesquisas brasileiro, o único grupo que apresentou deflação em março foi a comunicação (-0,22%), devido à redução no custo dos telefones e à redução das tarifas do serviço.
O Brasil fechou o ano de 2018 com uma inflação de 3,75%, dentro da meta estabelecida pelo Governo de 4,5%.
O país ainda recupera lentamente de uma profunda recessão registada entre os anos de 2015 e 2016, quando ocorreu uma queda de quase 7 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.