Inferno cultural em Cabo Verde
A Cidade da Praia faz 160 anos e nas celebrações está incluída a Literatura durante os três dias do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, um evento que já recebeu mais de cem escritores da lusofonia, entre os quais cinco Prémio Camões, nas sete edições anteriores.
A cerimónia de abertura realizou se hoje na Universidade de Cabo Verde, tendo o secretário da UCCLA, Vítor Ramalho, começado por evocar a presença do padre António Vieira, que durante a sua vida esteve na ilha onde acontece o evento. O ministro da Cultura, Abraão Vicente, referiu que o encontro faz parte da semana mais quente da cultura em Cabo Verde tantos são os eventos nas várias áreas, um quase 'inferno', depreende-se da longa lista de eventos culturais que referiu estarem a acontecer no país até domingo.
O vice presidente da Academia Cabo Verdiana de Letras, Jorge Tolentino, deu início aos trabalhos com a homenagem ao 'pintor que escrevia magnificamente', Jaime de Figueiredo. O responsável pela primeira antologia poética de Cabo Verde e análise da experiência literária que se 'produzia nas colónias portuguesas e mesmo na negritude'.
Seguiu se a apresentação de dois livros, A Caminhada, de Samuel Gonçalves, e Casa dos Estudantes do Império, com 50 anos de testemunhos. A VIII edição do Encontro de Escritores de Língua Portuguesa tem como tema A Cidade e a Literatura e homenageia o artista plástico, ensaísta e cultor da língua portuguesa Jaime de Figueiredo.
Decorre até sábado, com a presença de vários escritores de Cabo Verde, Angola, China, Galiza, Guiné Bissau Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor, e é organizado pela Câmara da Praia e UCCLA.