Imprensa proibida de divulgar anúncios de ofertas sexuais
O decreto, disse a governante citada pela agência EFE, é "um gigantesco passo na luta contra o tráfico de pessoas, contra a discriminação", uma vez que a propaganda a ofertas sexuais, sobretudo nos jornais, "é um veículo para cometer o delito de tráfico de pessoas e uma profunda discriminação para a condição da mulher como tal".
Cristina Fernandéz disse ainda que a medida é um passo "contra a hipocrisia" dos meios de comunicação que informam sobre o flagelo das redes de tráfico de seres humanos e, ao mesmo tempo, publicam "ofertas sexuais que lhes garantem grandes lucros".
Para Fernandéz, "não se pode, nas primeiras páginas dos jornais, exigir ao governo que lute contra o tráfico de pessoas e logo nas páginas comerciais por avisos onde se veicula a mais incrível e vergonhosa humilhação da condição feminina".
O decreto agora publicado, além de proibir a publicação de avisos de ofertas sexuais, cria uma agência de controlo tutelada pelo Ministério da Justiça.
"Isto não é uma condenação às mulheres que são objecto deste comércio. É uma condenação aos meios e aos que instrumentalizam este tipo de coisas, seja através da exploração direta ou através da propaganda dessa exploração pela comunicação social", esclareceu Cristina Fernandéz.