Ilegais muçulmanos birmaneses empurrados de volta para o mar

Milhares de pessoas que procuram escapar às perseguições étnico-religiosas na Birmânia estão em barcos à deriva na região.
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Os governos da Tailândia, Malásia e Indonésia mantinham ontem não terem condições para acolher o grande número de imigrante ilegais muçulmanos provenientes da Birmânia que, desde há uma semana tentam entrar naqueles três países.

Os muçulmanos birmaneses, conhecidos como rohingya, estão a abandonar este país devido a perseguições étnicas e religiosas. A maioria da população na Birmânia, independentemente da etnia, segue o budismo. Os rohingya, no início da segunda metade do século XX, desencadearam uma rebelião armada contra o poder central birmanês para criar um Estado separado, mas sem sucesso. Recentemente, em 2012, houve confrontos entre as populações rohingya e muçulmanas, que causaram perto de cem mortos e quase cem mil deslocados. O estado de Rakhine, no noroeste da Birmânia, tem vivido desde então em estado de quase permanente tensão e sujeito a medidas de exceção por parte das autoridades. Os rohingya acusam o governo de os discriminar e de incentivar os ódios étnico-religiosos.

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