IHRU vai despejar mais incumpridores na habitação social
Lembrando a proposta de revisão do regime da habitação social do IHRU, Vitor Reis referiu que os processos judiciais de despejo demoram entre dois a 10 anos e que há "milhares de casas fechadas e ocupadas ilegalmente".
"A finalidade da casa é social", acrescentou o responsável, referindo que a proposta é "aumentar a eficiência através de uma reforma para tornar os processos mais expeditos em termos administrativos", indicou.
Vitor Reis referiu que os despejos administrativos ocorrem já em Lisboa e no Porto.
A maior rapidez no despejo de quem não tem direito às casas de rendas sociais visa responder ao "crescente" número de pedidos para habitação mais barata, resumiu.
Em setembro, o presidente do IHRU tinha referido à agência Lusa que o regime de renda apoiada em habitação social é o "mais justo" e que vão acabar os casos de famílias a ganhar 2.000 euros e a pagar cinco e 10 euros de renda.
Vítor Reis explicou que regra é "pagar em função dos rendimentos".
No âmbito do processo de atualização de rendas atualmente em curso, desde 2009 o IHRU recuperou em Almada 19 fogos, que serviam de habitação secundária, detetou casos de subarrendamento, ou seja, "negócios com o património do Estado", e diminuiu valores de rendas.
"A não atualização de rendas é injusta, perniciosa e uma pouca vergonha", resumiu o responsável, afirmando a falta de atualizações durante "20 e 30 anos, em alguns casos".
Vítor Reis reforçou que nenhum valor de renda irá ultrapassar os 15% de taxa de esforço de cada família.
O regime de renda apoiada é o "mais ajustado ao tempo que vivemos", disse o presidente do IHRU, informando que despacha quatro a cinco processos de redução de valores por dia, já que este modelo o permite.