Igreja portuguesa está rendida ao YouTube, blogues e Hi5

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O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, recorreu mais uma vez ao YouTube para divulgar a sua mensagem. Em período de Quaresma, colocou um vídeo a apelar a "uma vida mais austera". A primeira vez que o fez, no Natal de 2008, obteve 4541 visitantes, mas não foi o primeiro pontífice a usar este meio. Já no Natal de 2007, o bispo de Beja, D. António Vitalino, tinha recorrido ao mesmo sistema de informação, mas com muito menos sucesso, apenas 233 visitas.

"Temos de, como sociedade até, procurar uma vida mais austera, uma vida que seja menos de gasto das coisas e mais de fruição delas, de modo que os bens cheguem para todos e em todos se projectem, no sentido mais realizador das suas vidas", afirma D. Clemente". Palavras que podem ouvir-se no YouTube, um vídeo colocado na segunda-feira e que, até ontem à noite, tinha 116 visitas.

D. Clemente e D. Vitalino estão na linha da frente no uso das novas tecnologias para difundir os ideais católicos e em consonância com o Vaticano que, no dia 23 de Janeiro, lançou um canal no YouTube. E, na primeira semana, recebeu 750 mil visitantes, com mais de 15 mil inscrições, segundo o porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi.

Também os responsáveis pela comunicação do Santuário de Fátima decidiram disponibilizar imagens da Capelinha das Aparições em directo. E já há muitas paróquias a usar a Net para divulgar a "palavra de Deus" e as suas actividades, além das organizações de raiz católica. Abrem página, criam blogues e registam-se no Hi5.

Mas é Júlio Grangeia "o primeiro padre português na Internet". Tem uma página na Net, vídeos no YouTube e registos no Hi5. E apresenta-se assim: "Olá. Sou padre católico e sou pároco, presentemente, de três paróquias (Travassô, Óis da Ribeira e Espinhel) no arciprestado de Águeda, Diocese de Aveiro. Já ando a navegar na Net desde 1996... Pode dar se quiser uma espreitadela no meu site: http://www.padrejulio.net". O número de visitantes não é famoso, mas serão sempre mais dos que assistem às homilias.

"É uma boa alternativa. A Igreja precisa de todos os meios que a ajude a difundir a sua mensagem, nomeadamente as missas", defende o bispo de Castelo Branco, D. José Alves. Admite utilizar os mesmos meios tecnológicos, embora não o esteja a pensar fazer para já, o que, apesar de tudo, ainda acontece com a maioria dos padres e bispos.

No País, existem 4300 paróquias e, segundo o padre Marços Gonçalves, 4% têm presença na Internet, disse ao Jornal do Funchal, quando a diocese do Funchal criou um site de informação, há ano e meio.|

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