Identidade nacional aumenta preconceitos dos franceses

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Há cada vez mais franceses com preconceitos em relação aos árabes e aos judeus, mas também aos homossexuais, diz um estudo realizado pelo instituto BVA para a Associação SOS Racismo e para a União de Estudantes Judeus em França (UEJF).

27,6% dos inquiridos consideram que os árabes são mais delinquentes do que os outros (em 2009 essa percentagem era de 12%). 30% acham que os judeus têm mais influência do que os outros nas finanças e nos media. 12% consideram que os homossexuais são mais obcecados por sexo.

As associações que encomendaram esta sondagem culpam o debate sobre a identidade nacional, lançado pelo Governo, por este aumento de preconceitos entre os franceses. "Após uma retórica estigmatizadora contra populações árabes e muçulmanas, os preconceitos duplicaram em relação ao ano passado", disse Arielle Schwab, presidente da UEJF, ontem citada pela AFP.

"Assistimos a uma liberalização da palavra racista nos últimos meses", acusou, por seu lado, Dominique Sopo, da SOS Racismo, criticando uma tentativa de "importação do debate sobre a proibição dos minaretes na Suíça, mais o debate sobre a proibição da burqa".

O debate sobre a identidade nacional tem apoio do próprio Chefe do Estado francês, Nicolas Sarkozy, que é também líder da UMP, partido no poder.

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