IBM quer captar novos clientes para centro de serviços de Braga

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Redução de custos é apenas uma das vantagens que promete

A globalização crescente da economia e o avanço das novas tecnologias tornaram ainda mais agressiva a competitividade internacional. A contínua redução de custos e de melhoria nos processos é, muitas vezes, imprescindível para melhorar a capacidade de resposta. E é isso mesmo que a IBM propõe às empresas com o seu centro de serviços partilhados instalado no centro de Braga.

Com 46 colaboradores, o centro de Braga presta serviços de gestão de processos na área financeira e contabilística para a Unilever Espanha mas, garante José Cruz, director de operações do centro, "está preparado para dar resposta a futuro clientes". Integra a rede de mais de 30 centros de Outsourcing e Transformação do Negócio que a IBM tem espalhados pelo mundo, e trabalha, de forma integrada, com os centros de serviços de Cracóvia, na Polónia, e de Bangalore, na Índia.

A partir do final do ano, Braga passa a ser responsável, também, pela gestão de recebimentos da Unilever França, o que fará aumentar para cerca de 70 o número de colaboradores do centro. Ao contrário do que se possa pensar, nenhum dos funcionários do centro tem formação em informática. "São todos licenciados em gestão, economia, contabilidade e administração e a qualidade da mão de obra disponível constituiu uma das razões de escolha de Braga em detrimento de outras localizações internacionais". Isto, a par da facilidade multilingue e da oferta de infra-estruturas e vias de comunicação. Braga assume-se como o centro regional da IBM para o sudeste europeu.

"A nossa proposta de valor é oferecer a nossa especialização nesta área, reduzindo o risco e transformando o negócio do cliente", diz José Cruz. Como? Por permitir informação constante e actualizada ao dia, sobre recebimentos e pagamentos, por exemplo. "Dado que somos nós os gestores dos procedimentos, assumimos compromissos para a diminuição da dívida vencida, através de uma melhor gestão da informação", explica. Compromissos que resultam em cortes de custos, obviamente.

E de quanto pode ser essa redução? "Tudo depende do tipo de modelo que o cliente quiser implementar, mas há sempre economias imediatas da ordem dos dois dígitos", assegura. São vários os contratos que tem disponíveis, incluindo o "chave na mão" em que "se os ganhos prometidos não forem todos atingidos, o risco está do lado da IBM". Interessada em conquistar novos clientes, os alvos são as grandes empresas. Incluindo as que têm centros de serviços partilhados próprios. "Estão limitados pela escala e os benefícios acabam por se esgotar", diz.

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