HUF de Tondela não prevê despedimentos

Indústria automóvel. Crise levanta polémicas

A HUF Portuguesa, que produz, em Tondela, ignições e sistemas de bloqueio de direcção, garante que "não fez qualquer provisão em termos orçamentais para fazer face a eventuais despedimentos". A afirmação pertence ao porta-voz oficial da empresa de componentes automóveis que negou quaisquer planos de despedimentos na empresa. Nem sequer férias antecipadas provocadas pela redução de encomendas, conforme o DN revelou na sua edição de ontem. Luís Costa diz que "a HUF antecipou-se ao plano de crise no sector automóvel", mas reconhece porém que a empresa "tem alguns clientes, como a Delphi", que está em dificuldades para quem produz numa posição subalterna".

A União de Sindicatos do Distrito de Viseu, afecta à CGTP, afirmou também que "nada leva a crer que venha a haver despedimentos na HUF", isto apesar de ontem ter estado reunida com representantes de todas as fábricas, que no distrito de Viseu produzem para o sector automóvel, naquilo que considerou uma reunião de "rotina".

Mas com uma redução da produção na HUF, lança a questão dos "trabalhos externos". A forma como a empresa apelida os subcontratados dos quais Luís Costa afirmou desconhecer o seu número. Na edição de ontem o DN relatou que a HUF, uma indústria de componentes automóveis, criou um sistema de bolsa de horas e prepara-se para antecipar as férias a 400 trabalhadores devido "à enorme redução de encomendas do sector automóvel". Fonte do DN esclarece que "a questão está em saber se a indústria automóvel não recupera, quanto tempo aguentaremos sem reduzir o número de linhas em produção e a iniciar o processo de despedimentos". A mesma fonte adianta ainda que "a paragem da Autoeuropa" era conhecida e estava prevista.

"Com o que não contávamos era com a redução na produção da Opel (produzem para 19 fábricas a nível internacional), o nosso principal cliente, e que pode levar a que a seguir ao Natal tenhamos que encerrar algumas linhas de produção".|