Hotel rural instala-se em convento no Verão

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Com origens no século XVI e depois de já ter sido utilizado como residência particular, escola e tribunal, o imponente edifício do antigo Convento dos Capuchos de Monção abre portas no Verão mas como hotel rural, fruto de um investimento privado.

O Convento dos Capuchos foi construído em meados de 1550, em pleno centro histórico de Monção, inicialmente utilizado por freiras franciscanas e, mais tarde, por frades capuchos. Trata-se de um edifício classificado como imóvel de interesse público, envolvendo uma área superior a quatro mil metros quadrados, que os proprietários decidiram transformar em hotel rural com 24 quartos. "Queremos cativar para este empreendimento o turismo histórico-cultural, que normalmente escolhe as Pousadas de Portugal, oferecendo também a gastronomia tradicional de Monção", explicou ao DN António Pinto Rodrigues, um dos investidores.

Os trabalhos de reconversão do antigo convento envolveram a reabilitação do edifício e a construção de dois novos módulos de apoio. A preservação do claustro, um espaço "apelativo e invulgar", constituiu-se como a referência maior desta intervenção, que acabou por conhecer um "pequeno atraso" dada a minúcia dos trabalhos. "É uma obra muito específica e encontrámos alguns problemas nas fundações do edifício, mas que já foram ultrapassados. A obra está agora a correr de vento em popa e perspectivamos a abertura já para Agosto", garantiu o responsável. Elementos típicos como a cozinha e o quarto da torre representarão a imagem do passado, a "devolução ancestral ao presente e a abertura do património à comunidade".

Além de 24 quartos, o Hotel Convento dos Capuchos de Monção disponibilizará espaços para reuniões, conferências e banquetes, terá piscina, campo de ténis, mini-golfe, sauna, banho turco, hidromassagem e ginásio. A adega será convertida em restaurante e três bares, a antiga eira e o espigueiro serão utilizados para a promoção de actividades da região.

O edifício foi habitado até 1998 pelos proprietários - três irmãos cuja família detém a posse do convento desde o início do século passado -, que agora vão aproveitar a componente turística do imóvel, através de um investimento de 2,5 milhões de euros, comparticipados por fundos comunitários e pelo Estado português, através do programa PRIME.

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