Num livro publicado em Itália e intitulado As Eleições Papais. Dois Mil Anos de História, Ambroglio Piazzoni, vice-prefeito do Vaticano, passa em minuciosa revista a história dos conclaves e conta uma série de curiosidades sobre a eleição do papa ao longo dos séculos. Aqui ficam algumas. O papa Gregório XV, eleito em 1621, foi o último a sê-lo por "aclamação espontânea", quando todos os cardeais acreditavam votar sob a influência do Espírito Santo, proclamando papa o mesmo candidato. Gregório mudou as regras do conclave para que essa "aclamação espontânea" fosse confirmada de imediato com uma votação secreta por escrito. O papa que decretou que apenas os cardeais podiam votar na eleição do Sumo Pontífice foi Nicolau II (1059- -1061). Durante a II Guerra Mundial, o papa Pio XII, a exemplo de vários dos seus predecessores que atravessaram tempos de guerra, deixou um documento informando o Colégio dos Cardeais que, se fosse feito prisioneiro por qualquer dos lados em conflito, não deveria mais ser considerado papa, e os cardeais teriam de reunir-se em conclave para eleger um novo Vigário de Cristo. Através da história, os conclaves realizaram-se em várias igrejas de Roma e de outros sítios. Foi o papa João Paulo II a especificar que o conclave passaria a ter lugar na Capela Sistina.