Hezbollah diz-se pronto a retaliar contra Israel
No terceiro aniversário da guerra entre Israel e o Hezbollah (grupo xiita libanês), o seu líder lançou, sexta-feira, um alerta ao Governo de Benjamin Netanyahu: "Se Beirute ou os seus arredores forem bombardeados, nós bombardearemos Telavive."
Falando perante milhares de partidários que se concentraram nos subúrbios de Beirute para assinalar a data, Hassan Nasrallah afastou a hipótese de uma guerra com Israel num futuro próximo, disse mesmo não a desejar mas, sublinhou, se ela acontecer está preparado para o confronto.
"Hoje estamos em situação melhor do que há três anos. Não queremos a guerra, mas não a receamos e dizemos-vos; se bombardeardes Beirute ou os seus arredores, nós bombardearemos Telavive", disse o líder máximo do Hezbollah.
No Verão de 2006, o Governo do então primeiro-ministro israelita Ehud Olmert lançou uma ofensiva militar contra o Hezbollah, em retaliação pelo rapto de três militares. A guerra durou 34 dias, fez mais de 1200 mortos libaneses - na sua maioria civis - e 160 israelitas, na sua maioria militares, e destruiu grande parte das infraestruturas do Líbano. Fora isso, foi um rotundo fracasso para Israel que não conseguiu alcançar os objectivos que se propunha, em especial, desarmar e aniquilar o Hezbollah.
Três anos depois, de um lado e do outro da fronteira, a data é recordada enquanto em Beirute o filho do malogrado Rafic Hariri - Saad Hariri - continua a envidar esforços para conseguir formar um governo representativo das eleições de 7 de Junho.