O PS continua a ser o partido com mais deputados na Assembleia da República (AR), mas perdeu mais de 20 deputados e a maioria absoluta. Quando falta apurar apenas os círculos da Europa e fora da Europa (que juntos elegem quatro deputados), o PS passou de 121 mandatos, em 2005, para 96. .A segunda força continua a ser o PSD, que consegue para já mais três deputados (78) do que há quatro anos (75), estando ainda à espera dos círculos internacionais, onde costuma ser o mais votado. A terceira força na AR é agora o CDS, que passa de 12 para 21 deputados, seguido do BE, que duplicou o número de deputados (de oito para 16). A CDU, apesar de ter sido a força menos votada, conseguiu 15 mandatos. O PSD e o CDS juntos têm mais deputados que o PS e os socialistas em conjunto com o CDS conseguem mesmo a maioria. Com um hemiciclo tão fragmentado, adivinham-se negociações pontuais para aprovar leis e longos debates..No Parlamento, vão estar nomes fortes (como os quatro líderes parlamentares derrotados), aos quais se juntam "retornados" de Bruxelas que voltam ao Parlamento nacional. É o caso de Deus Pinheiro, do PSD, e de dois antigos rostos da JS: Jamila Madeira e Sérgio Sousa Pinto. Este último foi mesmo o enfant terrible do partido durante o guterrismo e não será fácil impor-lhe a disciplina de voto..Há também dois ex-líderes parlamentares que regressam: o socialista Francisco Assis, que também vem de Bruxelas, e, no PSD, Pacheco Pereira.