Gulbenkian mostra a arca do poeta e escritos inéditos

A Fundação Calouste Gulbenkian acolhe até 30 de abril a exposição "Fernando Pessoa: Plural como o Universo", homenagem à palavra do poeta e aos seus heterónimos. A arca onde guardava os seus manuscritos foi emprestada para a mostra.
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A ideia nasceu no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, Brasil, passou pelo Rio Janeiro e chega agora à Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. "Fernando Pessoa: Plural como o Universo" explora o universo dos heterónimos do poeta português de forma interativa (um software foi especialmente criado para que o visitante possa "brincar" com os poemas de Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares e outros).

A exposição, com curadoria de Richard Zenith e Carlos Felipe Moisés, apresenta em Lisboa algumas novidades em relação ao que foi exibido do outro lado do Atlântico, nomeadamente a arca onde Fernando Pessoa guardava os seus manuscritos e que foi adquirida há três anos por um comprador que deseja manter-se anónimo mas que acedeu, através de intermediários, a emprestá-la.

A Biblioteca Nacional assim como vários privados emprestaram para a exposição manuscritos de Fernando Pessoa. Poemas, cadernos, folhas soltas que deixam perceber como o poeta podia no mesmo espaço conviver os vários heterónimos, a sua aventura empresarial, a editora Ibis, e um pequeno pedaço de papel onde se lê "Sê plural como o universo".

Na exposição pode ser vista a segunda versão do quadro de Pessoa da autoria de Almada Negreiros, que pertence à Fundação Calouste Gulbenkian (a primeira versão encontra-se no Museu da Cidade e pertence à Câmara Municipal de Lisboa), uma obra que serviu de inspiração ao pojeto cenográfico de Hélio Eichbauer, reconstituindo os objetos que faziam parte da obra.

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